Alvaro Dias:
eleitor brasileiro está desencantado
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou
nesta segunda-feira (8) que as eleições realizadas no último domingo
demonstraram o desencanto dos eleitores com a política no país. O senador
destacou a grande quantidade de votos brancos e nulos e a ausência do eleitor
nas urnas, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.
- Não foi aquela festa cívica
exuberante, manifestação de alegria de quem elege. Foi a exteriorização do
desencanto que campeia no País, em razão de escândalos de corrupção que se
sucedem, como consequência de um modelo promíscuo que tem que ser denunciado e
destruído no Brasil - afirmou.
Para Alvaro Dias, a eleição foi a
“fotografia da falência partidária”. Os partidos, segundo o senador, são apenas
siglas para o registro de candidaturas, e as alianças são incoerentes, feitas
para ampliar o tempo de propaganda gratuita. O senador criticou a falta de
propostas dos partidos que, segundo ele, buscam apenas vencer as eleições, e
"a prática de cooptar partidos políticos para dar a quem governa o
conforto de ter o apoio da maioria".
- As obras de infraestrutura são
paralisadas e, quando realizadas, são superfaturadas, porque esse sistema, que
é adotado a pretexto de se garantir governabilidade, abre portas para a
corrupção.
O senador classificou o julgamento do
mensalão do Supremo Tribunal Federal (STF) como um momento crucial na vida
brasileira e afirmou que é preciso combater as práticas que estão sendo
condenadas pela justiça. Para ele, um retrato da banalização da corrupção foi a
afirmação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o povo brasileiro
está mais preocupado com o futebol do que com o mensalão.
O senador afirmou que o povo brasileiro
precisa abrir os olhos e não merece ter que esperar que a história julgue os
governantes, o que ocorre sempre tardiamente. Para isso, defendeu a realização
de reformas, que dependem, na sua opinião, da vontade do Poder Executivo.
- Sem interesse da Presidência da
República, não há reforma de profundidade que possa ocorrer no País e, por
isso, ela não ocorre.
FONTE: AGÊNCIA SENADO
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