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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Alvaro Dias: eleitor brasileiro está desencantado


Alvaro Dias: eleitor brasileiro está desencantado
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou nesta segunda-feira (8) que as eleições realizadas no último domingo demonstraram o desencanto dos eleitores com a política no país. O senador destacou a grande quantidade de votos brancos e nulos e a ausência do eleitor nas urnas, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.
- Não foi aquela festa cívica exuberante, manifestação de alegria de quem elege. Foi a exteriorização do desencanto que campeia no País, em razão de escândalos de corrupção que se sucedem, como consequência de um modelo promíscuo que tem que ser denunciado e destruído no Brasil - afirmou.
Para Alvaro Dias, a eleição foi a “fotografia da falência partidária”. Os partidos, segundo o senador, são apenas siglas para o registro de candidaturas, e as alianças são incoerentes, feitas para ampliar o tempo de propaganda gratuita. O senador criticou a falta de propostas dos partidos que, segundo ele, buscam apenas vencer as eleições, e "a prática de cooptar partidos políticos para dar a quem governa o conforto de ter o apoio da maioria".
- As obras de infraestrutura são paralisadas e, quando realizadas, são superfaturadas, porque esse sistema, que é adotado a pretexto de se garantir governabilidade, abre portas para a corrupção.
O senador classificou o julgamento do mensalão do Supremo Tribunal Federal (STF) como um momento crucial na vida brasileira e afirmou que é preciso combater as práticas que estão sendo condenadas pela justiça. Para ele, um retrato da banalização da corrupção foi a afirmação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o povo brasileiro está mais preocupado com o futebol do que com o mensalão.
O senador afirmou que o povo brasileiro precisa abrir os olhos e não merece ter que esperar que a história julgue os governantes, o que ocorre sempre tardiamente. Para isso, defendeu a realização de reformas, que dependem, na sua opinião, da vontade do Poder Executivo.
- Sem interesse da Presidência da República, não há reforma de profundidade que possa ocorrer no País e, por isso, ela não ocorre.
FONTE: AGÊNCIA SENADO

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