Requião alerta
Dilma para consequências da política de privatizações
O senador Roberto Requião (PMDB-PR), em
pronunciamento nesta terça-feira (23), alertou a presidente Dilma Rousseff para
as consequências da política de privatizações. Ele citou o economista Milton
Friedman (1912-2006), que dizia que "não há almoço grátis", para
lembrar à presidente que "não há privatização grátis", mencionando
baixo crescimento, tarifas e juros elevados, serviços deficientes e aumento das
importações como efeitos dessa política. Requião manifestou sua surpresa com
membros do governo atual que teriam descoberto a “varinha mágica” das
privatizações sob justificativas que o PT sempre teria criticado.
- O Estado tem uma capacidade de
investimento muito maior que qualquer empresa privada. O que seria o mundo sem
o Estado depois da crise global de 2008? Que o digam a General Motors, os
bancos, as construtoras e as incorporadoras – afirmou.
Requião saudou o governo de Luiz Inácio
Lula da Silva por não ter dado continuidade ao “período de trevas” das
privatizações, o que, em sua avaliação, permitiu conquistas como aumento dos
empregos, apoio à agricultura familiar e fortalecimento da rede de ensino. Para
o parlamentar, porém, o Brasil estaria muito melhor sem as privatizações da
década de 1990.
- Fernando Henrique privatizou o máximo
que pôde, com tanta pressa, que parecia que sua vida dependia disso – disse o
senador, denunciando uma coordenação dos meios de comunicação com o governo e
os empresários para venda de estatais “a qualquer preço”.
O senador lamentou que nem Lula nem Dilma
tenham sido capazes de dar fim ao regime de metas de inflação, que disse ser
uma imposição do Fundo Monetário Internacional (FMI) que impede o Brasil de
crescer razoavelmente.
- Se as tarifas estão subindo acima da
inflação, vai ser necessário colocar o país em recessão para que a inflação do
resto da economia fique abaixo da meta. É absolutamente irracional - protestou
o senador.
Requião ressaltou que sugeriu mais
financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
às estatais, as tarifas altas forçam a elevação das taxas de juros, levando a
baixos níveis de investimento e ao retrocesso da economia a um “modelo agrário
exportador”.
FONTE: AGÊNCIA SENADO
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