Pela razão
construiremos Itabuna
Valter Moraes
Itabuna tem sua história construída com
o labor dos seus filhos, operários da construção, que ao longo desses 103 anos
sofre as consequências e inconsequências dos seus gestores, dos coronéis que
ainda não se desvencilharam da arrogância e da pré-potência, da historiografia
que os coloca como heróis de um tempo que já se foi.
Cidade que deveria estar no auge da
filosofia voltada para o engrandecimento do seu povo, do desenvolvimento
econômico, social, cultural, com visão ampla de gestão e de responsabilidade
perante a administração pública, com política planejada sem vaidades e
caprichos, sem os interesses mesquinhos que rondam o centro administrativo.
Tenho absoluta certeza que não foi o
governo atual que desarticulou e destruiu a grandeza desta cidade, da sua
ética, da sua moral, da sua geografia e da sua história, como também tenho a
relativa certeza de que este novo gestor enfrentará os desafios da sua
administração e tentará suplantá-los para o bem comum, pois é urgentemente
necessário repensarmos politicamente as estratégicas e táticas para superarmos
os obstáculos, planejando uma cidade saudável e viável para nosso povo.
Ainda é muito cedo para acalmar as
nossas ansiedades e perspectivas, e o imediatismo não construirá uma nova
cidade e uma nova cultura do lixo no lixo, da saúde com saúde, da educação com
educação, da cultura com cultura, da formação do cidadão como corresponsável
pela socialização do bem estar da nossa comunidade e região, tamanha é a nossa
responsabilidade diante dos desafios.
Isto se dará se apagarmos as fotos
passadas das nossas mentes e abrirmos os olhos para enxergarmos a realidade
concreta que está posta, enfrentando os desafios com a necessária seriedade que
esta cidade apresenta, e acima de tudo, com consciência das nossas realidades,
sempre com os pés no aquém, no nosso berço de vida e de morte, vislumbrando um
futuro que ira se adequando com as necessidades da nossa urbe.
Concomitantemente, se unirmos nossas
forcas e produzirmos proposições positivas e as colocarmos em prática,
objetivamente anularemos o negativismo e o partidarismo inconsequente da
critica pela critica, do subjetivismo exacerbado. É mais do que normal que isso
demanda tempo e planejamento para sua estruturação.
Ainda não chegamos ao fim, e se
chegarmos é porque estaremos deliberadamente propícios a retornarmos ao início.
E se isso acontecer, consequentemente a história continuará a nos rondar
alertando-nos para as conseqüências dos nossos atos primitivos, desafiando-nos
para a possibilidade de caminharmos para a civilização, para uma cidade digna
do século XXI, com a auto-estima estampada nos rostos dos cidadãos, orgulhosos
e cônscios das suas responsabilidades.
Temos todas as possibilidades de
construirmos uma cidade heróica para não cairmos no engodo de construirmos um
herói salvador das necessidades elementar do povo, sem a devida análise das
prerrogativas a que estamos submetidos e que devem prevalecer diante dos
direitos e deveres que a civilidade exige e cobra dos nossos gestores, estes
eleitos com o voto popular, consagrando-os como administradores deste grande
condomínio salutar a todos aqueles que alimenta seus sonhos como cidadão.
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