Cafeína pode
trazer melhora para vítimas de Parkinson, diz pesquisa
Um estudo realizado por cientistas da
Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, apontou que vítimas do mal de
Parkinson podem ter melhora em problemas de movimentos ao consumir pílulas de
cafeína.
A pesquisa monitorou 61 pessoas que
sofrem da doença, com idade de 60 anos, em média. Elas foram divididas em dois
grupos, um que consumiu pílulas de cafeína por seis semanas e outro que recebeu
pastilhas sem a substância ou outras drogas.
O grupo da cafeína tomou pílulas de 100
miligramas ao acordar e logo após o almoço nas primeiras três semanas,
quantidade que foi elevada a 200 miligramas no período restante.
Na comparação, uma xícara de café possui
100 miligramas de cafeína em média. O grupo que tomou café, portanto, ingeriu o
equivalente a duas xícaras no início do estudo, para após três semanas passar a
quatro xícaras.
Após o fim do estudo, pessoas que
consumiram cafeína tiveram uma melhora geral nos sintomas do Parkinson,
incluindo nas medições da rigidez muscular e outros problemas de movimento.
O benefício médio foi um decréscimo de
cinco pontos na escala de avaliação da doença. Segundo o cientista Ronald
Postuma, da Universidade McGill, um dos responsáveis pela pesquisa, um paciente
com Parkinson tem de 30 a 40 pontos da doença.
Não é uma grande diferença, na opinião
do pesquisador, mas uma pequena mudança "pode ter um efeito real na vida
das pessoas", afirmou ele à Reuters.
Postuma enfatizou, no entanto, que
"ainda é muito cedo" para afirmar que as pessoas com mal de Parkinson
devem tomar café ou cafeína. Ainda não há dados suficientes sobre a tolerância
dos pacientes à substância, entre outras questões. "Será que isso [a
cafeína] faz diferença ao longo dos anos para quem sofre de Parkinson? Eu não
acho que nós saibamos", disse o pesquisador à Reuters.
As informações são da Reuters,
publicadas no G1, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
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