EUA: Mesmo após
ano difícil, indústria de lácteos deve bater recorde em exportações
Ainda que os dados de novembro e
dezembro ainda não tenham sido divulgados, a indústria de lácteos dos Estados
Unidos se encaminha para alcançar a marca de US$ 5 bilhões em exportações pela
primeira vez, informou o Conselho de Exportação de Lácteos do país (USDEC).
Durante os dez primeiros meses de 2012,
o volume dos principais produtos aumentou em 5,5%, para mais de 1,27 bilhão de
quilos. Apesar do crescimento ter desacelerado nos últimos meses, as vendas de
queijos e concentrados de proteínas do soro do leite deverão alcançar volumes
recordes e as vendas de leite em pó desnatado também deverão alcançar recordes
– ou quase recorde.
Pelo segundo ano consecutivo, o volume
exportado pelos Estados Unidos representou mais de 13% do total de sólidos do
leite produzidos nos Estados Unidos. “Esses números representariam um
desempenho sólido no ano”, disse o presidente do USDEC, Tom Suber. “Porém, isso
é uma indicação clara da crescente maturidade dos Estados Unidos como um
importante player mundial de lácteos”.
Para o USDEC, organização que trabalha
para desenvolver o mercado internacional para os lácteos americanos, disse que,
de acordo com sua revisão anual de 2012, o desempenho no ano foi mais
interessante considerando os desafios enfrentados pelo setor de lácteos: a
forte seca que acometeu os Estados Unidos, os preços desfavoráveis das
commodities na maior parte do ano, a produção global historicamente alta de
leite na primeira metade do ano, agitações políticas e o lento crescimento
econômico no mundo.
“Os fornecedores de lácteos no passado
podem ter recuado dos negócios internacionais sob essas condições. No ano
passado, eles não somente lutaram para defender a participação conquistada de
mercado, mas também, investiram no crescimento futuro. Eles destinaram
quantidades consideráveis de dólares especificamente para fazer produtos
demandados por compradores globais, adaptados a suas estruturas de negócios e
investiram em escritórios internacionais e em pessoas dedicadas à exportação”.
Isso deu resultado, disse o USDEC, à
medida que a demanda nos mercados emergentes se manteve resistente. China,
Sudeste da Ásia, Oriente Médio, México e América Latina absorveram a oferta
abundante de leite produzida nos primeiros seis meses de 2012, enquanto
esvaziaram os estoques dos Estados Unidos e da Europa.
O ano foi marcado por desenvolvimento
potencialmente positivo para a indústria de lácteos dos Estados Unidos, como:
acordos de livre comércio com Colômbia, Panamá e Coreia do Sul; adição do
Canadá nas negociações da Parceria Trans-Pacífica; formação do Consortium for
Common Food Names para lutar contra as ameaças da Europa em restringir nomes de
queijos; mudanças no uso de proteínas lácteos em programas de auxílio
alimentício que abriram as portas para novas oportunidades comerciais aos
fornecedores dos Estados Unidos; o contínuo boom das fórmulas infantis e as
oportunidades dos ingredientes lácteos na nutrição medicinal; adições
significantes às pesquisas demonstrando as vantagens nutricionais e funcionais
dos ingredientes lácteos.
A reportagem é do http://www.agweb.com,
traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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