Proposta revoga
decreto-lei que regula publicidade na área de saúde
Segundo o projeto, esse tipo de
publicidade será regida apenas pelos códigos ético-profissionais das categorias
médica, odontológica e de enfermagem.
A Câmara analisa o Projeto de Lei
4745/12, do Senado, que atribui aos códigos ético-profissionais a função de
regular a publicidade e a propaganda de médicos, cirurgiões-dentistas e
enfermeiros.
O texto revoga o Decreto-Lei 4.113/42,
atualmente em vigor, que estabelece normas para a propaganda de médicos,
cirurgiões dentistas, parteiras, massagistas, enfermeiros, preparados
farmacêuticos e casas de saúde.
O autor do projeto, senador Paulo Davim
(PV-RN), argumenta que, por possuírem caráter autoritário, em razão do momento
histórico em que foram produzidos, os decretos-lei “não têm mais sentido nos
dias atuais”. No caso específico do Decreto-Lei 4.113/42 (elaborado durante a
ditadura do Estado Novo), o senador explica que nunca houve revogação expressa.
Tomando como exemplo os médicos, o autor
explica que as vedações trazidas pelo decreto-lei já estão previstas no Código
de Ética Médica, devendo o médico anunciante respeitá-las, sob pena de ferir
princípios éticos e, consequentemente, sujeitar-se a processo disciplinar.
“A medicina é uma ciência extremamente
dinâmica, como também é dinâmico o relacionamento do médico com a sociedade. É
preferível que, para manter as normas atualizadas, elas sejam emitidas pelo
órgão fiscalizador do exercício profissional”, defende Davim.
O projeto altera a Lei 3.268/57, que
dispõe sobre os conselhos de Medicina; a Lei 4.324/64, que instituiu o Conselho
Federal e os conselhos regionais de Odontologia; e a Lei 5.905/73, que criou o
Conselho Federal e os conselhos regionais de Enfermagem, especificando que os
códigos de ética dessas categorias vão regular a publicidade e a propaganda dos
respectivos profissionais.
Tramitação
A proposta será analisada
conclusivamente pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
FONTE: AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS
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