"BEBIDAS
ENERGÉTICAS"
Cuidado para não consumir uma bebida
energética pensando ser um isotônico ou vice-versa.
Os isotônicos não possuem cafeína em sua
composição, são indicados para esportistas e suas principais funções são repor
os sais minerais perdidos pelo suor, hidratar e recompor as reservas de
glicogênio.
As bebidas energéticas, por sua vez,
podem causar até a desidratação.
Outro tipo bem distinto são as bebidas
chamadas ices que dizem ter um baixo teor alcoólico e possuem sabor de
refrigerante.
Elas são misturas de uma bebida
destilada forte, como vodca, com algum suco, geralmente de limão.
Mistura causa desidratação
Um dos principais componentes das
bebidas energéticas é a cafeína. E o álcool, assim como a cafeína, possui um
efeito desidratante. A mistura dos dois compostos, portanto, pode causar a
desidratação do organismo. Não é comprovado que as bebidas energéticas revertam
os efeitos depressores do álcool.
Na prática, essa mudança pode ser mais
psicológica do que real. O usuário pode ter a falsa sensação de que está mais
desperto do que de fato se encontra. A maioria das pessoas que consome bebidas
energéticas com álcool o faz para mascarar o sabor amargo deste último. Assim,
além do aumento do consumo de álcool, há o perigo de que elas, sem perceber, se
embriaguem.
Enfim, os energéticos podem servir como
um trampolim para que pessoas bebam maiores quantidades de bebidas alcoólicas.
Os fabricantes se defendem dizendo que não incentivam a mistura, mas, pelo o
que se sabe, até o momento apenas na Áustria há uma bebida energética cujo
rótulo adverte os consumidores sobre esse risco.
Três mudanças necessárias na legislação
A legislação de bebidas energéticas, de
1998, determina que as bebidas devem ser denominadas "compostos líquidos
prontos para o consumo". Essa definição, criada pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA), não é nem um pouco precisa, pois qualquer
vitamina de frutas, por exemplo, pode ser enquadrada nesse perfil. Uma
designação como "bebida estimulante" seria mais apropriada.
Analisando a legislação, a Pro Teste
ainda considera que o limite estabelecido para a cafeína é muito alto. O limite
máximo permitido para a adição desse ingrediente é de 350 miligramas por litro.
Na Europa são aceitos no máximo 150,
valor que a Pro Teste considera mais adequado. Outra informação importante que
não é obrigatória por lei, mas que deveria estar presente nos rótulos, é a de
que não se consuma esse produto com álcool.
* Fonte: alcoolismo.com.br
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