Por 7 votos a 6,
CMA aprova meta de redução de consumo de combustíveis por automóveis
A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do
Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) aprovou, nesta quarta-feira (12), o
Projeto de Lei do Senado (PLS) 55/2008 que estabelece meta de redução do
consumo de combustíveis pelos automóveis a fim de diminuir a emissão de gases
poluentes. Pelo texto, os fabricantes são obrigados a apresentar, em um ano, um
plano de adequação para que, em cinco anos, o consumo seja reduzido em 10%.
O senador Jorge Viana (PT-AC) se
posicionou contrário ao projeto porque, segundo ele, não há como adotar padrões
europeus para medição de poluição no Brasil. Ele foi acompanhado por cinco
senadores.
- Eu estou encaminhando voto contrário
porque a normatização dos motores que está sendo usada tem como inspiração a
União Europeia, cuja realidade é diferente da brasileira. O mérito dessa
proposta é muito bem-vindo, mas quando se trata de veículos automotores no
Brasil, nós temos os carros flex, o etanol e uma situação bastante diferente e
mais complexa - declarou.
O relator da proposta, senador Flexa
Ribeiro (PSDB-PA), disse que a comissão não poderia deixar de aprovar uma
proposta dessa natureza, e foi acompanhado por outros cinco senadores. O
desempate veio do presidente da CMA, senador Blairo Maggi (PR-MT), que votou
favoravelmente ao projeto, de autoria do senador Gim Argello (PTB-DF).
Outro projeto relacionado a
combustíveis também foi votado: o que
obriga postos revendedores a informar o preço dos seus produtos na página
eletrônica da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Aprovado por unanimidade, o
substitutivo ao PLS 353/2011 ainda passará por turno suplementar de votação na
CMA antes de seguir para análise na Câmara dos Deputados. Ao defender a
aprovação, o senador Ivo Cassol (PP-RO), autor da proposta, disse que o intuito
é evitar que o consumidor tenha de gastar combustível enquanto apura qual posto
tem melhor preço.
TCU e irrigação
Outros dois projetos de caráter
terminativo foram aprovados na mesma reunião. O PLS 108/2011 determina que o
presidente do Tribunal de Contas da União compareça ao Senado pessoalmente, em
audiência, para apresentar os relatórios trimestrais das atividades do órgão.
Uma emenda do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) aprovada pelo colegiado
estabelece que a visita seja feita uma vez por ano, no início do ano
subsequente ao dos relatórios.
Também foi aprovado o projeto que traz
taxas de juros especiais a quem financiar equipamentos de irrigação por
gotejamento ou microaspersão. O PLS 738/2011 já tinha parecer favorável da
Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e agora seguirá para a Câmara
dos Deputados.
Ainda sobre o uso racional da água, a
CMA rejeitou o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 139/2010 que obrigava a inclusão
de campanha de racionalização do consumo de água, energia elétrica e gás nas
faturas emitidas por concessionárias dos serviços públicos. De acordo com o senador
Aníbal Diniz (PT-AC), outras leis vigentes no país já trazem determinação
semelhante.
Fiscalização
Na área de fiscalização e controle, foi
aprovada por unanimidade uma proposta do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) que
obriga a publicação de dados relativos a projetos culturais que tenham captado
recursos mediante renúncia fiscal e que não tenham sido objeto de avaliação
final pelo Ministério da Cultura.
Depois de avaliar essas informações, o
Ministério da Cultura poderá inabilitar os responsáveis pela má aplicação dos
recursos num prazo de até três anos. No âmbito do Executivo, a Controladoria Geral da União também terá mais
recursos para exigir as providências necessárias na correta aplicação do
investimento, sem comprometer o trabalho do TCU e da própria CMA, na esfera do
Legislativo.
FONTE: AGÊNCIA SENADO
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