Petrobras está
em risco, alerta Pedro Taques
Antecipando os questionamentos que serão
feitos à presidente da Petrobras, Graça Foster, quando ela vier ao Congresso, o
senador Pedro Taques (PDT-MT) fez várias críticas à estatal durante
pronunciamento em Plenário nesta quinta-feira (21). Após ressaltar que a
empresa "continua sendo peça fundamental no mecanismo de toda a economia
brasileira", ele afirmou que a estatal vem sendo prejudicada pela má
gestão e por decisões econômicas que atendem a interesses partidários ou
eleitorais.
Uma das críticas do senador se refere à
decisão do governo de impor a Petrobras como sócia de todos os empreendimentos
de exploração do petróleo da camada pré-sal – ou seja, mesmo quando houver
outras empresas investindo nisso, a estatal terá que desembolsar recursos.
Pedro Taques também é contra a política
de preços para os combustíveis, já que o governo, para evitar pressões
inflacionárias, tem obrigado a Petrobras a cobrar preços abaixo dos que tem de
pagar para importar o produto. Ele lembrou que a estatal importa parte dos
combustíveis consumidos no país. Ao segurar os preços, diz ele, o governo faz a
empresa pagar pelos erros cometidos na condução da política econômica.
– A Petrobras perde, assim, o dinheiro
que deveria ser investido em sua capacidade produtiva – alertou.
O senador questionou ainda a forma como
a empresa vem investindo em refinarias. E lembrou as irregularidades que o
Tribunal de Contas da União apontou nas obras das refinarias de Abreu e Lima,
em Pernambuco, e da Comperj, no Rio de Janeiro. Ele destacou que, de acordo com
relatório do TCU, o superfaturamento comprovado nas duas refinarias seria de R$
135 milhões, enquanto outros indícios de irregularidades nessas duas refinarias
somam R$ 1,7 bilhão.
Ao avaliar a situação financeira da
empresa, Pedro Taques estimou que a dívida financeira aumentou oito vezes desde
2006, de R$ 18 bihões para R$ 148 bilhões.
Essas são algumas das razões, frisou
ele, que fizeram o valor total das ações da Petrobras nas bolsas caírem quase
60% desde o anúncio da existência de petróleo na camada pré-sal, em 2008.
– A Petrobras, esse instrumento
indispensável da economia brasileira, está em risco – alertou o senador.
FONTE: AGÊNCIA SENADO
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