Plenário pode
votar nesta semana propostas sobre direitos da mulher
A Câmara pode votar nesta semana, em que
se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março), propostas definidas
como prioritárias pela bancada feminina.
A ampliação da licença-maternidade de
120 para 180 dias a todas as mulheres gestantes ou adotantes é o destaque do
Plenário a partir de terça-feira (5). A mudança consta da Proposta de Emenda à
Constituição 30/07, da ex-deputada Angela Portela, apensada à PEC 515/10, do
Senado.
Atualmente, a licença já pode ser
estendida para seis meses no caso das empresas que aderirem ao Programa Empresa
Cidadã, criado pela Lei 11.770/08. O governo federal e alguns governos
estaduais também ampliaram o período para seis meses.
O texto que será votado pelo Plenário é
o parecer da comissão especial que analisou a PEC. Além do aumento do período
de licença, o parecer proíbe a demissão sem justa causa da trabalhadora durante
os sete meses após o parto ou adoção.
Vítimas de violência
Outro projeto pautado e considerado
prioritário pela bancada feminina é o PL 60/99, da deputada Iara Bernardi
(PT-SP). Esse projeto transforma em lei um protocolo já adotado pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) no atendimento em hospitais às mulheres vítimas de
violência sexual.
O texto determina o atendimento imediato
e multidisciplinar das mulheres, com tratamento do ponto de vista físico e
emocional da vítima. Esse atendimento imediato compreende, por exemplo,
diagnóstico e tratamento das lesões físicas no aparelho genital e nas demais
áreas afetadas; amparo médico, psicológico e social; e encaminhamento ao
Instituto Médico Legal (IML) de informações úteis à identificação do agressor.
Mercado de trabalho
O Plenário poderá votar ainda o Projeto
de Lei 4857/09, do deputado Valtenir Pereira (PSB-MT), que garante a igualdade
entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
A matéria entrou em pauta no ano
passado, mas não foi a voto por falta de acordo entre os partidos. Havia
divergências sobre três pontos: a criação de comitês pró-igualdade entre os
sexos no ambiente de trabalho; o acesso dessas comissões a informações das
empresas; e a criação de um cadastro de empresas que discriminam mulheres.
Ex-territórios
Também está na pauta do Plenário a
Proposta de Emenda à Constituição 111/11, da deputada Dalva Figueiredo (PT-AP),
que garante o direito de servidores de ex-territórios de permanecerem
vinculados à União. Atualmente, a Constituição já garante esse direito para os
servidores de Rondônia (regulamentado pela Lei Complementar 41/81).
A PEC estende as garantias para os
servidores e policiais militares do Amapá e de Roraima admitidos durante o
período entre a transformação dos territórios em estados (outubro de 1988) e
sua efetiva instalação (outubro de 1993).
De acordo com o substitutivo da comissão
especial que analisou a PEC, a União primeiramente deverá regulamentar a
proposta para depois ser aberto prazo aos servidores para optarem por integrar
o quadro em extinção da administração federal.
FONTE: AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS
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