Projeto do novo
Fundo de Garantia deve ser votado até o final do ano
A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que
as alterações na remuneração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
devem ser votadas no Senado Federal até o final do ano. Ao lado do senador
Paulo Paim (PT-RS), a parlamentar participou de um debate em Porto Alegre sobre
o anteprojeto aprovado no último dia 30 pela Subcomissão Temporária que trata
do assunto, vinculada à Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Em declaração divulgada por sua
assessoria, a parlamentar afirmou que a grande preocupação manifestada pelos
trabalhadores é relativa à rentabilidade do fundo, que hoje está abaixo da
poupança. Segundo ela, os trabalhadores sugeriram a criação de um mecanismo que
assegure ao Fundo um rendimento que seja, no mínimo, igual ao da poupança.
Atualmente o fundo é remunerado na base
de 3% ao ano mais TR. Para aumentar a rentabilidade, o anteprojeto propõe que,
quando a meta da taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) for
superior a 8% ao ano, o FGTS será remunerado pela TR mais 4,5%. Se a meta da
taxa Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano, a remuneração do fundo será
então calculada com aplicação da TR mais 50% da Selic.
Outra preocupação dos trabalhadores,
segundo Ana Amélia, diz respeito à redução da contribuição, para o Fundo, para
trabalhadores com mais idade. O anteprojeto reduz a alíquota de contribuição
patronal para 6%, para trabalhadores com mais de 50 anos; 4% para os que
tiverem mais de 55 anos; 2% para aqueles com mais de 60 anos; e zera a alíquota
a partir de 65 anos. Com isso, se quer reduzir o custo de empregar
trabalhadores em idades mais avançadas.
- As entidades dos trabalhadores são
contrárias, porque pensam que isso vai limitar a abertura de vagas para novos
trabalhadores – afirmou a parlamentar.
Já os empresários, de acordo com as
declarações de Ana Amélia vinculadas por sua assessoria, opinaram pelo fim da
multa de 10% paga sobre demissões sem justa causa. A senadora afirmou que essa
multa foi imposta para cobrir passivos originados pelos Planos Collor e
Bresser. Segundo ela, esses passivos já foram quitados, mas a multa continua.
- Nós colhemos a opinião média das
entidades aqui representadas, e vamos levá-las para serem acrescidas à matéria,
que deve ser votada até o final do ano – afirmou Ana Amélia.
O encontro em Porto Alegre faz parte de
uma série de audiências pelo Brasil para avaliar o anteprojeto apresentado pela
relatora da Subcomissão, senadora Marta Suplicy (PT-SP). O anteprojeto resultou
de debates em quatro audiências públicas e levou em conta as propostas de 20
projetos de lei do Senado e 190 da Câmara dos Deputados. Contou ainda com a
colaboração do Conselho Curador do FGTS.
Além dos citados senadores, participaram
do encontro em Porto Alegre o consultor do Senado Fernando Meneguini, que explicou
os principais pontos do anteprojeto; o presidente da Federação das Associações
Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul, local do encontro),
Ricardo Russowsky; o presidente da Confederação das Associações Comerciais e
Empresariais do Brasil (CACB), José Paulo Cairolli; e representantes de
diversas entidades e instituições gaúchas.
FONTE! AGÊNCIA SENADO
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