O Papa renunciou
e agora?
Monsenhor Osmar Raymundo Mateus*
O magistério da
Igreja é dirigido pelo papa sucessor de Pedro, Cabeça visível do corpo de
Cristo. A história dos papas consequentemente é a história da Igreja.
Ao longo de vários
anos a Igreja católica é governada pelo representante de Cristo na terra o que
vem comprovar a certeza de que a instituição Divina do papado por cristo para é
manter a unidade da Igreja e da sua doutrina. Somente a graça divina poderá
manter esta sucessão de papas, apesar de
toda fraqueza que os envolve por serem humanos e assim não estão isentos da miséria humana a que
somos submetidos. Até o presente momento
desconheço qualquer instituição humana que teve longa vida e estabilidade como
a Igreja.
A história da Igreja
nos mostra que outros papas também renunciaram cuja relação é a seguinte:
Ponciano em 235, Celestino V em l294, Gregório XII em 1415, este havia sido
deposto pelo Concílio de Pisa, depois renunciou espontaneamente.
Agora depois de mais
de 600 anos o mundo foi surpreendido com a renúncia do Papa Bento XVI na manhã
do dia 11 de fevereiro festa de Nossa Senhora de Lourdes.
O que certamente
causou espanto em algumas pessoas foi justamente por perceber e conhecer o
caráter conservador de bento XVI como dizem alguns. Ao tomar conhecimento de
sua renuncia percebi uma atitude corajosa humilde e sincera em renunciar o
papado ao ver que sua idade não correspondia mais a vigor de um ser mais novo e
cheio de jovialidade.
O código de direito
canônico que rege as normas da Igreja nos diz no cânon 331 que trata do Romano
Pontífice o seguinte: “O Bispo da Igreja de Roma, no qual perdura o múnus
concedido pelo Senhor singularmente a Pedro, primeiro dos Apóstolos para serem
transmitidos a seus sucessores, é a cabeça do colégio dos bispos, Vigário de
Cristo e aqui na terra Pastor da Igreja Universal, ele, pois, em virtude de seu
múnus, tem na Igreja o poder ordinário supremo pleno, imediato e universal, que
pode sempre exercer livremente. Já, o Cânon 332 §1º diz: O Romano
Pontífice obtém o poder pleno e supremo na Igreja pela eleição legitima por ele
aceita, junto com a consagração episcopal. O §2º acrescenta: Se acontecer que o
Romano Pontífice renuncie a seu múnus, para a validade se requer que a renuncia
seja feita livremente e devidamente manifestada, mas não que seja aceita por
alguém”.
Dentro deste
contexto o papa não precisa da aquiescência de ninguém para ter anunciado sua
renuncia.
Tenho certeza de
que apesar de muitos não estarem gostando de seu pronunciamento e posições
rígidas ele deixará um grande legado, vez que assumiu a Igreja num período de
muita turbulência e relativismo, mas sobe falar como pastor e manter sua
posição em defesa da vida. Assim que acontecer sua renuncia no próximo dia 27
seu anel de pastor será quebrado da mesma forma como acontece na morte de um
sumo Pontífice e depois ele continuará ajudando a Igreja com suas orações e
seus escritos por serem profundos e catequéticos.
Não cabe a
ninguém fazer julgamento e condena-lo por tal decisão e hora pensar diferente e
assumir nosso papel para a construção de um mundo melhor e mais humano sem
guerra e sem violência. Chegou o
momento de cada cristão católico assumir seu papel, fazer sua parte e pedir ao
Espirito Santo para iluminar os cardeais na escolha do novo Pontífice, e não se
abalar diante dos acontecimentos e especulações, e preparar para as mudanças
que poderá acontecer na Igreja daqui pra frente. Resta-nos agradecer ao papa pelo
que fez e respeitar sua decisão, vez que foi muito corajoso em si alto avaliar
sendo, portanto merecedor de grande respeito.
Que Deus
abençoe Bento XVI pelo trabalho a Igreja de Cristo e possa revigorar a fé dos cristãos
que devem ser satélite do Senhor de quem recebe luz, movimentos e
sobrevivência.
*Vigário geral da
Diocese de Itabuna e Pároco da Paróquia de São Judas Tadeu
AUMENTA A FONTE OU VC FEZ CONVÊNIO COM ALGUM OFTALMOLOGISTA?
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