Empresas podem
ter redução de IR para contratar pessoas com deficiência
A legislação do imposto de renda poderá
ser modificada para incentivar a contratação de trabalhadores com deficiência.
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) já está pronta
para votar substitutivo a projeto de lei (PLS 391/2012) do senador Mário Couto
(PSDB-PA) que reduz a alíquota deste tributo para as empresas que destinarem
pelo menos 10% de suas vagas a pessoas com deficiência.
Quem mantiver esse quantitativo mínimo
terá a alíquota do IR reduzida em 2%. Na justificação do projeto, Mário Couto
explica que resolveu propor esse benefício para facilitar o cumprimento da
"reserva legal" de cargos para pessoas com deficiência estabelecido
pela Lei nº 8.213/1991, que regula os planos de benefícios da Previdência
Social.
Esta norma obriga as empresas com 100 ou
mais empregados a preencher de 2% a 5% de suas vagas com profissionais
reabilitados ou com deficiência. Cabe ao Ministério do Trabalho fiscalizar o
cumprimento desta exigência.
"As empresas enfrentam dificuldades
quase intransponíveis para seguir tal comando, ao passo que, caso a exigência
legal fosse transformada em incentivos fiscais, o efeito de integração social
seria obtido sem dar lugar aos diversos problemas que as empresas têm de
enfrentar para cumprir as exigências da "lei de cotas", considerou
Mário Couto.
O relator da matéria, senador Paulo Paim
(PT-RS), também reconheceu as dificuldades enfrentadas para a contratação de empregados
com deficiência. Assim como o autor do PLS 391/2012, ele considera mais
produtivo criar incentivos econômicos para estimular o ingresso desses
profissionais no mercado de trabalho do que simplesmente punir as empresas que
não estejam seguindo essa política de cotas.
Segundo observou Paim, a intenção é
fazer com que o empresário cogite a empregabilidade desses profissionais como
algo lucrativo, e não como uma constante fonte de multas aplicadas pela
legislação trabalhista.
Após passar pela CDH, o PLS 391/2012 vai
ser votado em decisão terminativa pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
FONTE: AGÊNCIA SENADO
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