Pesquisadores
afirmam que novo software de roubo a banco afeta 3 continentes
Uma nova onda de invasão automatizada de
contas bancárias online pode ter resultado no roubo de US$ 78 milhões de contas
de clientes de bancos da Europa, América Latina e Estados Unidos no último ano,
de acordo com pesquisadores que estudaram as atividades de grupos de hackers.
Os grupos utilizaram as recentes
melhorias em duas famílias de software de hacking existentes, conhecidas como
Zeus e SpyEye, que se abrigam nos computadores de clientes de 60 bancos.
Embora as versões anteriores já fossem
eficazes na captura de informações de login, as mais recentes automatizaram a
subsequente transferência de fundos para contas controladas por cúmplices.
As constatações, divulgadas na
terça-feira pelas companhias de segurança McAfee e Guardian Analytics,
confirmam e expandem pesquisas realizadas pela japonesa Trend Micro na semana
passada.
- Parece ser o começo de uma nova
técnica – disse Craig Priess, vice-presidente da Guardian, cuja especialidade é
a proteção a bancos.
O software é sofisticado o bastante para
derrotar o método de chip e senha ou outros sistemas de autenticação de duplo
fator, e evita transferir todo o saldo de uma conta de uma vez, o que poderia
despertar suspeitas, de acordo com a empresa.
A Trend Micro anunciou ter identificado
o software em operação na Alemanha, Reino Unido e Itália.
A Guardian e a McAfee, da Intel, afirmam
que a tecnologia, ainda emergente, já está em uso por uma dúzia de importantes
quadrilhas de hackers, contra clientes pessoa física e jurídica na Colômbia,
Holanda e EUA.
- Algum dos desenvolvedores desse
sistema dispõe de conhecimento especializado quanto aos sistemas dos bancos –
disse Dave Marcus, diretor de pesquisa da McAfee Labs.
Os registros de servidores estudados
pelos pesquisadores apontam para comandos das quadrilhas de fraudadores que
envolvem a transferência de um total de US$ 78 milhões, o que inclui US$ 130
mil de uma determinada conta. Os bancos talvez tenham conseguido bloquear parte
dessas transações, reconhecem os pesquisadores de segurança.
Fonte: Correio do Brasil
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