Prefeito de
Ilhéus declara situação de emergência devido à crise hídrica
Medida visa acelerar ações para
minimizar danos causados à população
Em entrevista coletiva concedida à
imprensa regional nesta quarta-feira, 18, o prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro,
anunciou a decretação de estado de emergência devido à crise hídrica por que
passa o município. A decisão do prefeito levou em consideração o parecer
técnico da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Sema) e o ofício 026/2016
da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa), no qual informa que “não
havendo mudanças climáticas significativas, o atual nível de água na barragem
será suficiente para o abastecimento por cerca de dois meses”.
O comunicado foi feito pelo gestor
exatamente um mês após a Embasa iniciar o histórico rodízio no abastecimento em
partes altas e outros bairros da cidade, e busca criar condições objetivas para
a adoção de medidas por parte do Governo do Estado visando a solução do
problema. Ribeiro explicou ainda que embora a responsabilidade do abastecimento
de água seja de responsabilidade da empresa pública concessionária do serviço,
o Município tem a atribuição de zelar pela conservação e defesa dos recursos
hídricos, nos termos da Lei Orgânica do Município.
A entrevista coletiva contou com a
presença do vice-prefeito Carlos Machado (Cacá), do secretário de Meio Ambiente
e Urbanismo, Antonio Vieira, e do gerente regional da Embasa, José Lavigne. De
acordo com o prefeito, a declaração da situação de emergência foi tomada após
intensas conversas com os órgãos técnicos da área, levando em consideração os
níveis das barragens do Iguape e do Rio Santana e o fim do período de alta
estação. “A partir de agora, apesar de o abastecimento ser de responsabilidade
restrita da Embasa, o município cria as condições para que a empresa tome
providências concretas no sentido de minimizar a crise hídrica que assola boa
parte de nossa comunidade”.
Por sua vez, o gerente-regional da
Embasa, José Lavigne, explicou que os níveis das barragens que abastecem o
município – dos rios Iguape e Santana, não apresentaram melhoras nos últimos
meses, principalmente pelo fato de não haver chuvas consideráveis nos
mananciais há quase um ano. Entre as medidas executadas para tentar minimizar
os transtornos, estão o rodízio no abastecimento em áreas distantes dos
terminais de captação, implantação de “tanques comunitários” e disponibilização
de caminhões-pipa.
Obras – Com o decreto de emergência
assinado pelo prefeito Jabes Ribeiro, publicado no Diário Oficial do Município,
aguarda-se agora o reconhecimento da situação por parte do Governo do Estado.
Essa medida vai acelerar, por exemplo, a obra para reativação da barragem do
Parque Municipal da Boa Esperança, que entrou em desuso nos anos 1970 e já está
em sua fase inicial. Em funcionamento, oferecerá reforço no abastecimento de 5
mil metros cúbicos ao dia.
Apesar das medidas já em execução e aquelas
que serão tomadas, o secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Antonio
Vieira, ressalta que somente um considerável período de chuvas pode reverter
definitivamente o problema. “Estamos há nove meses sem chuvas nos mananciais e
as ações são de caráter emergencial, por isso, somente a conscientização da
comunidade e a volta das chuvas pode mudar o quadro atual”.
Presenças – Acompanharam a entrevista
coletiva desta quarta-feira, 18, os secretários municipais de Indústria e
Comércio, Roberto Garcia, de Infraestrutura, Isaac Albagli, de Educação,
Marlúcia Rocha, de Comunicação Social, Valério de Magalhães, o Corregedor
Geral, Antonio Madureira, os vereadores Gilmar Sodré, Ivo Evangelista, Nerival
Reis, os suplentes de vereador Zé Neguinho, Luiz Carlos e Gil Gomes, entre
outros.
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