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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

MST O ENGODO

AGRICULTURA FAMILIAR |

A VERDADE

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) descobriu o que toda pessoa sensata já sabia: o modelo adotado de reforma agrária - conduzido na marra pelo MST - produz miséria. Nada menos de 38% do total de 924 mil famílias já instaladas em assentamentos não conseguem obter com seu trabalho nem ao menos um salário-mínimo por mês.
Os seguidores de João Pedro Stédile sobrevivem da cesta básica produzida pelo agronegócio, que o "revolucionário incendiário" combate com tanto empenho. São o que dizem os dados coletados no final do ano passado pelo Incra.
Os números também apontam que a pobreza se concentra de maneira dramática nas regiões Norte e Nordeste: do total de 38% de famílias em condições de pobreza nos assentamentos, 95% se encontram nessas duas regiões. O contraste pode ser melhor demonstrado na comparação entre dois estados. Enquanto no Ceará 47% dos assentados alcançam no máximo um salário-mínimo mensal e 27% não atingem sequer a meio salário, em Santa Catarina 73% dos beneficiados pela reforma têm renda superior a dois salários e 29% ultrapassam cinco salários.

ENFIM, ACORDARAM
Esses números foram revelados em reunião no Ministério do Desenvolvimento Social, que está encarregado de criar projetos e políticas de inclusão produtiva para atender uma das prioridades declaradas pela presidente Dilma. Diante dos números, dúvidas se instalaram na cabeça dos técnicos do Ministério: vale a pena continuar com a política de investir em novos assentamentos, como reivindicam os movimentos de sem-terra e ainda defendem especialistas do Desenvolvimento Agrário? O que se ouve cada vez mais no Ministério do Desenvolvimento Social é que se deveria seguir outro caminho, investindo mais na melhoria do que já existe.
Começa a ficar claro que os beneficiários da reforma agrária, assim como os atendidos pelo Bolsa Família, já tiveram um empurrão inicial para sair da miséria, com a concessão da terra, o crédito inicial para a produção agrícola e a construção da moradia. Precisam agora de ferramentas para andar com as próprias pernas, dentro do conceito de inclusão produtiva, repetido de maneira cada vez mais insistente entre os articuladores do programa de erradicação da miséria.
A equação não é simples - tanto pelas dimensões do problema quanto pelas suas nuances. Embora os movimentos de sem-terra critiquem a lentidão nos processos que envolvem a reforma, o Brasil tem um total de 8.763 assentamentos, que ocupam uma área de 76 milhões de hectares. Nesse território, equivalente a 9% do nacional, vivem 3,7 milhões de brasileiros, população maior que a do Amazonas, em torno de 3,5 milhões.

SANGUESSUGAS RADICAIS
Os dados do Incra esclarecem de forma objetiva que a tal reforma agrária pretende apenas sustentar o MST, que recebe dinheiro público por intermédio de cooperativas e entidades ligadas à agricultura familiar. Ou seja: torra-se uma grana fabulosa para manter um aparelho político.
O que havia para ser feito na área se fez nos oito anos do governo FHC: a criação do próprio Ministério do Desenvolvimento Agrário, assentamento de 600 mil famílias, criação do Banco da Terra e do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar), rito sumário para desapropriações, entre outras medidas modernizadoras.
Os restos do velho latifúndio no país foram enterrados naquele momento. Comparar as grandes extensões ocupadas hoje pelo agronegócio - com trabalhadores de carteira assinada - ao antigo latifúndio é dessas mistificações intelectuais de botequim, que nunca viram um frango fora da embalagem do supermercado.
No governo tucano, distribuíram-se 22 milhões de hectares. O MST não passa de um movimento eficiente para produzir ideologia e não para fazer reforma agrária. Stédile mobiliza trabalhadores urbanos, que não sabem plantar um pé mandioca, para a sua batalha.
A reforma agrária do MST é uma mentira política que sobrevive porque o movimento é um mito para as esquerdas. O governo do PT se alimenta desse tipo de mito e retribui aos "comandantes" dando-lhes inúmeros cargos na burocracia da "reforma agrária". E os nutre com gordas verbas que garantem aos "revolucionários" dinheiro público para sua sobrevivência.
Seria um enorme avanço acabar de uma vez por todas com essa falácia histórica. Sobretudo daria uma chance real para os mais pobres mudarem de vida. 
Stédile mobiliza trabalhadores urbanos, que jamais pegaram no cabo de uma enxada, para a sua batalha pessoal.

FONTE:
TÍTULO ORIGINAL: Os falsários vermelhos – ESCRITO POR: Margrit Schmidt
Veículo: JORNAL DE BRASILIA - DF
Editoria: POLÍTICA
Data: 23/01/2011
Assunto: AGRICULTURA FAMILIAR


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