Instituto Biofábrica vence licitação para gestão da unidade de Banco do Pedro
A organização social Instituto Biofábrica de Cacau assinou, na última terça-feira (11), contrato com a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado (Seagri), no valor de R$ 2.395 milhões para gestão da unidade de produção de mudas de Banco do Pedro, com vigência de cinco anos, renovável por igual período. O resultado da concorrência pública (Nº 002/2010) foi publicado no Diário Oficial do Estado no mesmo dia, encerrando processo aberto pela Seagri no início do ano passado.
O diretor-geral do Instituto Biofábrica, Henrique Almeida, explica que o contrato de gestão trará autonomia e eficiência para a unidade de produção de mudas, que vinha enfrentando sérias dificuldades financeiras e administrativas. Outro ponto importante que ele destaca é a lisura do processo. “Esta foi a primeira licitação realizada pelo Estado para a Biofábrica; o primeiro contrato, em 2001, foi assinado por inexigibilidade e venceu em 2007, daí em diante ficamos à mercê de contratos emergenciais de seis meses e insuficientes para atender nossas demandas”.
O presidente do Conselho de Administração do Instituto Biofábrica e um dos fundadores da organização, Luiz Henrique Azevedo Dias, assinala a importância do trabalho de Henrique Almeida para a conquista do novo contrato de gestão. Ele relata que com o fim do primeiro contrato, em 2007, a Biofábrica vem enfrentando vários transtornos que desestimularam os funcionários e afetaram a credibilidade da instituição junto à opinião pública.
Luiz Henrique admite que a Biofábrica nunca trabalhou antes com planejamento, definição de recursos e outros pré-requisitos indispensáveis a uma boa administração. No entanto, ele chama atenção para a necessidade da elaboração e cumprimento de um plano de ação operacional a fim de que os recursos do novo contrato sejam aplicados da melhor maneira possível.
Henrique Almeida diz que este plano de ação já está pronto – foi inclusive um dos requesitos para a licitação – e que será cumprido. “Com este contrato garantimos as condições para planejar, gerenciar e trabalhar no futuro com auto-suficiência, sem depender mais do Estado, cumprindo inclusive meta da própria Seagri. Buscaremos mais convênios com a Embrapa e Ceplac para comercialização de novas variedades de mandioca, abacaxi, bananas e outras espécies”, adianta.
O novo contrato e os planos de expansão foram recebidos com entusiasmo pelos funcionários da Biofábrica. O técnico contábil Eduardo Santana diz que a situação deles estava insustentável. “Vivíamos um clima de insegurança e instabilidade muito grande, sem saber se teríamos futuro como profissionais aqui dentro”, argumenta, considerando o novo contrato de gestão de vital importância para todos na Biofábrica.
Eduardo Santana, que está na instituição desde 2007, aposta que a produtividade da Biofábrica será bem maior daqui para frente. “Acreditamos novamente na empresa, sabemos que ela é viável e que a diretoria tem prestígio político e competência para garantir o seu futuro. É um momento inédito na história da Biofábrica, pois já tivemos até secretário e Agricultura do Estado desta região e nunca esta instituição teve tanto prestígio político”.
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