Projeto
incentiva estudantes de Ilhéus a atuarem na proteção e conservação dos
manguezais
Os estudantes do Colégio Estadual
Professor Fábio Araripe Goulart, em Ilhéus (a 446 Km de Salvador), na região
Sul, estão desenvolvendo um olhar especial e diferenciado para os manguezais
que ficam próximos à unidade escolar. Graças ao projeto “Vivência e
Convivências”, o manguezal está servindo como objeto de estudo para os estudantes,
que aprendem, durante aulas de campo, sobre as diferentes formas de vida e,
principalmente, sobre as formas de conservação e proteção deste rico
ecossistema.
A professora Adeline Gomes explica que a
atividade visa o despertar dos estudantes para as intervenções que são feitas
pelo homem e que ameaçam os manguezais. “A proposta da atividade das
disciplinas de Iniciação Cientifica e Humanidades é ir além dos muros da
escola. É fazer com que os estudantes reconheçam os problemas no entorno do
bairro onde moram, como por exemplo, a destruição da vegetação do mangue, a
poluição do rio e as construções irregulares que ali existem”, explica.
A estudante Ana Caroline Rocha, 15, 1º
ano, não conhecia o manguezal e fala que a aula de campo proporciona um aprendizado
que ela não vai esquecer. “Foi muito bom conhecer o mangue, pois, apesar de ser
aqui no bairro nunca tinha visitado. Vi os problemas, os seres que vivem lá e a
paisagem do lugar. Aprendi sobre o valor que o mangue tem para o nosso bairro,
tanto histórico quanto ambiental, e conversamos sobre iniciativas que devemos
tomar e passar para a família e os amigos para a preservação do mangue, do rio
e das espécies que vivem ali”, relata.
Já Érica Bispo, 17, também do 1º ano,
diz que conhece bem a realidade do local, pois reside próxima ao mangue. Ela
fala sobre a importância do mangue para muitas pessoas que tiram de lá o
sustento para as suas famílias. “Os ribeirinhos conhecem a realidade do local e
não poluem o rio. Mas os visitantes não fazem o mesmo, pois, quando vão pescar,
sujam e poluem deixando lixo na beira do rio. Sempre realizamos mutirões de
limpeza para amenizar a sujeira, conversamos com os visitantes e o meu pai está
providenciando uma placa de alerta para os visitantes não deixarem lixo. Muitas
pessoas sobrevivem do mangue e precisamos preservar”, afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário