Emasa explica
reajuste de 10,5% nas tarifas e diz que ele foi inferior à inflação do período
O presidente da Emasa, Jader Guedes,
participou esta semana de uma sessão especial na Câmara onde informou sobre os
critérios do reajuste de 10,5% na tarifa de água e as mudanças no percentual de
cobrança no serviço de esgotamento sanitário.
Guedes, que estava acompanhado de
diretores e técnicos da empresa, começou apresentando um relatório sobre a
situação praticamente pré-falimentar que encontrou a Emasa, em janeiro deste
ano, com dívidas vencidas com fornecedores, receita federal e justiça do
trabalho, além de estações de tratamento de água e esgoto em estado deplorável.
Ele destacou ainda a falta de material de reposição e manutenção, o que poderia
ocasionar uma pane de 90 dias no fornecimento de água tratada, e o risco para a
saúde dos trabalhadores das estações que trabalhavam com produtos químicos em
condições inadequadas.
Ele informou ainda, que o débito da
Emasa gira em torno de R$ 100 milhões de reais, dos quais pagou nestes
primeiros meses do ano, R$ 2 milhões, e que existe à receber, cerca de R$ 88
milhões, o que torna a empresa financeiramente viável. Destacou também que
todas as compras e compromissos realizados este ano estão rigorosamente em dia,
com a empresa gerando um faturamento de janeiro a abril de R$ 14,5 milhões e
com um superavit de R$ 2,5 milhões, utilizados na renegociação e amortização de dívidas.
Além de diferenciar os conceitos de
reajuste tarifário, uma atualização dos custos de serviços através a variação
de indicadores ocorridos no período de doze meses ou mais e de revisão
tarifária como uma reavaliação das condições da prestação dos serviços e das
tarifas praticadas, para se atingir o equilíbrio econômico-financeiro, o
presidente Jader Guedes mostrou, com números, que o aumento real na tarifa de
água foi de 10,5%, abaixo portanto da inflação dos últimos 19 meses, tempo
decorrido do último reajuste, que aconteceu em outubro de 2015.
Em seguida, ele apresentou um
comparativo com os valores cobrados pela Embasa, empresa de âmbito estadual,
mostrando que a Emasa cobra, em todas as faixas, tanto de água, quanto de
esgoto, valores inferiores às tarifas da sua congênere, dando como exemplo a
tarifa social de água, e que, enquanto a taxa de esgoto, o máximo cobrado pela
Emasa é de 70% para esgoto convencional e 45% para esgoto condominial e
conjuntos habitacionais com sistema próprio, operados pela Emasa, a Embasa cobra
80%.
Ao final da apresentação, Jader Guedes
respondeu às dúvidas dos vereadores, quanto aos valores cobrados, compreenderam
a motivação do reajuste e o parabenizaram pelas conquistas no saneamento da
administração da Emasa, acontecidas nestes cinco primeiros meses do ano. Ele
enfatizou também, que tudo de bom que está acontecendo na empresa, se deve a
participação dos funcionários, e principalmente ao apoio do Prefeito Fernando
Gomes, sem o qual nada poderia ser feito.
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