Presidente do SIMPI faz projeção da nova Campanha Salarial

Presidente do SIMPI faz projeção da nova Campanha Salarial e desmente possível candidatura

O ano de 2016 já se inicia com uma série de entraves envolvendo o universo educacional de Itabuna. Primeiro, a categoria de professores, ainda, paga, o calendário escolar de 2015, que deverá findar por volta de 31 de março. Além disso, a campanha salarial deste ano, cujo tema será “País campeão é aquele que investe em educação” e será lançada no dia 02 de fevereiro precisa ser acelerada, visto que em ano eleitoral as negociações possuem período mais curto para finalizar. E por falar em ano eleitoral, há uma série de especulações envolvendo a Diretora do SIMPI, portanto, resolvemos bater um papo com a Presidente do Sindicato, Profa. Carminha Oliveira, para esclarecer todos estes pontos que prometem aquecer a rede neste ano.

Ascom SIMPI: Carminha Oliveira, quais são as expectativas para a Campanha Salarial do SIMPI em 2016?

Carminha: A previsão é de que seja um ano difícil, pois nos deparamos com uma crise econômica que afeta todos os setores da sociedade, sobretudo a esfera pública. Entretanto, não podemos perder de vista que os Professores vêm anualmente lutando pelo reconhecimento da sua profissão, cuja valorização parte desde o princípio financeiro como também de sua formação profissional, juntamente às melhorias no ambiente de trabalho que reflete diretamente em sua saúde. O piso deste ano foi decretado com reajuste de 11,36%, sendo este um valor mínimo a ser pago aos profissionais de nível médio, mas nossa luta é que este percentual seja estendido à todos os profissionais da educação básica, até porque o Plano de Carreira da categoria já determina o direito à linearidade.

Ascom SIMPI: Estamos diante de um ano político, e existem muitas especulações acerca do sindicato possuir algum candidato para concorrer às eleições. O que você, enquanto Presidente, tem a falar sobre isso

Carminha: Toda eleição é uma verdadeira guerra. Invadem nossas vidas, expõem nossas famílias e disseminam intrigas nas relações profissionais. Infelizmente ou não, a política faz parte de nossa história. Nós do SIMPI não concordamos com determinadas “politicagens” que só existem para denegrir as pessoas. O sindicato, igualmente nas gestões passadas, estará promovendo debates entre os candidatos do Legislativo e Executivo, para que possamos conhecer quais são as propostas mais indicadas para a educação de Itabuna. Não somos partidários, respeitamos as diversas legendas existentes, mas continuaremos sem lançar candidatos, pois partimos do princípio de que luta sindical não deve se confundir com bandeiras de partido.

Ascom SIMPI: A pergunta que não quer calar. Você será candidata a algum cargo político?

Carminha: Reafirmo aquilo que sempre defendi, aquele que está à frente de uma direção sindical não pode usufruir da luta de sua categoria para benefícios políticos. Portanto, NÃO SOU CANDIDATA, embora tenha sim, recebido convites, o que me deixou lisonjeada por ser lembrada por professores e pessoas da sociedade, mas continuo rejeitando a proposta de ter meu nome como candidata a cargos políticos. Meu comprometimento está hoje em fortalecer a categoria dos professores da rede municipal de ensino de Itabuna, trabalhando por sua valorização e reconhecimento desta entidade sindical, que não se curva a nenhum partido.

Ascom SIMPI: Quanto aos boatos de que você teria se encontrado com um Prefeiturável para negociar a sua candidatura. O que você tem a dizer?

Carminha: Pura especulação. Não passa de mentiras. Gostaria que apresentassem a foto deste suposto encontro, pois para mim esta notícia apareceu-me de surpresa. Acredito que se trata de articulações baixas para tentar descaracterizar a entidade sindical.

Ascom SIMPI: Para finalizar, deixe uma mensagem à sua categoria para este ano que promete trazer novas lutas e desafios.

Carminha: Peço aos professores que continuem acreditando em sua força coletiva, podemos vencer os obstáculos se permanecermos unidos e acreditando em nossa capacidade de luta. Podemos sim fazer a diferença, numa sociedade tão desigual. Com tantos gastos em olimpíadas, carnaval, corrupção e futebol, afirmo que nós professores somos os verdadeiros merecedores de medalhas de ouro.