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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Suspeito de matar capitão da PM se entrega e confessa

Suspeito de matar capitão da PM se entrega e confessa
O jovem suspeito de matar o capitão da Polícia Militar (PM-BA) Anativo Manuel da Conceição Neto, 33 anos, na última segunda-feira, 20, se apresentou, na noite desta quinta, 23, à Polícia Civil e confessou a autoria do homicídio. Lucas Soares dos Santos, de 18 anos, chegou à Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), na sede do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), na Praça da Piedade (Centro da cidade), ao lado de um advogado, amigo de familiares, por volta das 17h10. Ele foi ouvido pela delegada Claudenice Mayo, titular da DAI.
Segundo a polícia, no interrogatório, Lucas afirmou ter sido convidado por um amigo adolescente, de 17 anos, para roubar um veículo, que seria utilizado para assaltarem uma loja no outro dia, a qual não soube indicar. "Na tarde de segunda, o adolescente e ele, que trajava um uniforme escolar e trazia um revólver na mochila, dirigiram-se à Baixinha de Santo Antônio, onde o oficial PM aguardava seu carro ser lavado. Ao receber a chave do veículo das mãos do empregado do lava a jato, o capitão foi abordado por Lucas que anunciou o assalto", informou, em nota, a Polícia Civil.
O jovem também disse que o PM, após o entregar a chave do carro, tentou aproximar-se dele, momento em que Lucas pediu ao policial que se afastasse e levantasse a camisa. "Anativo, segundo ele, ao levantar a camisa fez menção de que pegaria uma arma, instante em que disparou o revólver", disse a polícia.
Após o disparo, a dupla fugiu em direção à Avenida Luis Eduardo Magalhães e seguiu em dois mototáxis para a região da Avenida San Martin. Conforme a polícia, o adolescente, que é procurado, ficou com a arma do crime e Lucas se dirigiu à casa da namorada, com a qual havia combinado ir a um grande shopping da cidade para assistir um filme no cinema.
Lucas disse à delegada ter relatado o episódio para a garota assim que chegou à casa dela. Assustada, a garota, a partir daí, se recusou a sair com ele, que cursa o segundo ano do ensino médio de uma escola pública, localizada na Avenida Lima e Silva, na Liberdade. A mãe de Lucas, que não foi ouvida, e uma tia do rapaz acompanharam os advogados até o Depom.
Investigação
Inicialmente, a polícia acreditava que o suspeito de cometer o crime era menor de idade, mas a delegada Claudenice informou, no início da tarde, que ele já havia completado 18 anos. A delegada continua apurando se o outro adolescente, de 17 anos, proprietário da mochila encontrada no local do crime, também está envolvido no homicídio.
Conforme Claudenice, o jovem negou envolvimento com crime e afirmou que apenas emprestou a mochila para o amigo. As investigações apontam que o adolescente suspeito de ter disparado contra o policial deixou a mochila na área do lava-jato e fugiu. Dentro,  havia um caderno com nomes de várias pessoas, o que ajudou a polícia na investigação, assim como as imagens gravadas por câmeras de segurança de lojas localizadas na área que flagraram o momento do crime.
A delegada titular da DAI também ouviu, pela manhã, testemunhas e a mãe do adolescente de 17 anos, que inicialmente reconheceu o filho como autor do crime, mas depois disse que se enganou.  "Isso a gente já tinha certeza, porque o verdadeiro autor do crime foi reconhecido por testemunhas", disse a delegada à uma emissora de televisão.
Caso
O capitão Anativo, que era subcomandante da 2ª Companhia Independente de Polícia Militar (Barbalho), foi assassinado na última segunda-feira, 20, na Baixinha de Santo Antônio, no Cabula. As investigações apontam que o PM foi morto com um tiro na cabeça e outro nas costas  após reagir ao assalto. O autor do crime queria  levar o carro da vítima.
O corpo do capitão PM foi sepultado na terça, 21, no Cemitério da Ordem Terceira de São Francisco, Baixa de Quintas. Emocionados, amigos e familiares da vítima, entre eles a cantora de arrocha Nara Costa, que foi casada por seis anos com Anativo, deram o último adeus ao militar.
Anativo e Nara estavam separado há três meses e tinham uma filha de quatro anos. O PM deixou também uma filha de oito anos, fruto de outro casamento. (A tarde).

Artigo Original em PolicialBR:



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