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terça-feira, 28 de maio de 2013

Centro de Controle de Zoonoses faz prevenção contra a leishmaniose

Centro de Controle de Zoonoses faz prevenção contra a leishmaniose
Um projeto do Centro de Controle de Zoonoses de Itabuna – CCZ em parceria com o curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC está fazendo testes gratuitos e levantando índices de leishmaniose no município.  Os testes realizados pelo CCZ são estratégia para combater a doença, que é um dos problemas mais graves de saúde pública no Estado. Os kits para os testes são distribuídos pela Secretaria de Saúde da Bahia – Sesab que faz um acompanhamento anual, mas em 2013, com a parceria entre o CCZ e a UESC, esse acompanhamento foi aprofundado.
O secretário da Saúde, Renan Araújo, afirma que esse é um projeto importante, pois une o ensino com a assistência a população e é dessa maneira que o SUS deve funcionar. “Os animais atendidos no CCZ passam por esse diagnóstico e o estudo oferece condições de termos um controle maior da doença em nosso município” disse. A médica veterinária do CCZ Sonia Lopo explica que as pessoas podem levar seus cães para fazer o teste gratuito. “Quem tem um cão que apresente feridas que não se curam com remédios para sarna, deve investigar”. Ela conta que se esse teste fosse feito em laboratório particular custaria em média R$ 200,00.
Os testes são feitos por Sonia Lopo e Samir Hage, médicos veterinários do Centro de Controle de Zoonoses, e depois são enviados para a UESC onde é feito o teste sorológico, que detecta anticorpos e identifica se o animal já teve contato com o parasita e, quando necessário, o teste molecular que detecta o DNA do parasita. Com 37 testes realizados de janeiro a maio, o índice já chega a 30% da população de animais do CCZ de Itabuna. Sonia Lopo esclarece que “esse percentual ser alto é normal dentro da população do Centro, porque estão aqui àqueles animais que as pessoas não querem, estavam doentes ou os donos desistiram deles”.
A doença é comum nos cães, mas também atinge humanos e pode levar a óbito. Na região Sul do Estado a transmissão ocorre através do mosquito de palha, que pica um animal infectado e depois as pessoas. A veterinária do CCZ destaca a importância de os animais passarem pelos testes, principalmente para que não sejam adotados doentes e as pessoas corram o risco de se contaminar.  “Cidades próximas a Itabuna apresentam índices altos de positividade da leishmaniose em humanos. Então, nós temos que monitorar constantemente porque nossa população de cães é muito grande e nosso clima é apropriado para a proliferação do mosquito” explicou Sonia Lopo.

Existem dois tipos de leishmaniose: a visceral, que é a mais perigosa, pois não tem lesões externas e ataca o fígado e o baço; e a tegumentar, que apresenta lesões na pele que muitas vezes são confundidas com sarna. Os testes realizados no Centro de Controle de Zoonoses – CCZ são específicos para o diagnóstico da leishmaniose visceral, com o resultado sendo conhecido em 15 minutos. Nos cães diagnosticados com a doença, a recomendação é a eutanásia, pois só há tratamento para humanos e quando o tratamento é feito em um animal corre o risco de criar um parasita resistente ao tratamento.

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