Plenário vota MP
que garante isenção para participação nos lucros
Duas medidas provisórias trancam a pauta
do Senado na próxima semana: a 597/2012 (na forma da PLV 7/2013), que regula a
tributação sobre a participação dos trabalhadores nos lucros e resultados das
empresas, e a 600/2012 (PLV 10/2013), que, entre outras providências,
simplifica a licitação de aeroportos regionais. Aprovadas pela Câmara dos
Deputados na quarta-feira (22), as duas MPs são as primeiras a serem votadas na
Casa dentro da nova regra de rejeitar MPs com prazo inferior a sete dias de validade.
A MP 597/2012 estabelece que os
trabalhadores que receberem até R$ 6 mil a título de participação nos lucros
ficarão isentos do Imposto de Renda sobre esses valores. Acima dessa faixa,
serão recolhidos tributos progressivamente mais elevados, chegando a 27,5% para
quem receber bônus acima de R$ 15 mil. Outro item da MP permite ao servidor
público deduzir da base de cálculo do Imposto de Renda os valores aportados à
Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal.
A MP 600/2012 determina que os recursos
do Fundo Nacional de Aviação Civil, criado pela Lei 12.462/2011 e destinados à
construção, ampliação ou reforma de aeródromos públicos, possam ser geridos
pelo Banco do Brasil. A MP transfere os recursos do fundo àquele banco, que
fica autorizado a lançar mão, na execução desses procedimentos, do Regime
Diferenciado de Contratações Públicas (RDC). A MP ainda dispensa de licitação a
União para contratar a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras) como
empresa oficial para a prestação dos serviços de telecomunicação durante a Copa
das Confederações de 2013, a Jornada Mundial da Juventude de 2013 e a Copa do
Mundo de 2014.
Gorjetas
Outra votação prevista para a semana é a
do Projeto de Lei da Câmara (PLC 57/2010), do deputado Gilmar Machado (PT-MG),
que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para regular a divisão da
taxa de serviço cobrada nas despesas realizadas em bares, restaurantes, hotéis,
motéis e estabelecimentos similares. Essa taxa é mais conhecida como gorjeta e
costuma ser fixada em 10% do valor da conta. A proposta esclarece que a
legislação trabalhista considera gorjeta não só a taxa de serviço cobrada pelo
estabelecimento, mas também a gratificação dada espontaneamente pelo cliente ao
funcionário.
Outra mudança permite ao estabelecimento
descontar a taxa de administração cobrada pelo banco das gorjetas pagas por
meio de cartões de débito ou crédito, no percentual máximo de 4%. Ao lançar a
taxa de serviço na fatura do cliente, a empresa terá ainda a possibilidade de reter
até 24% de seu valor a título de cobertura de encargos trabalhistas e
previdenciários.
PECs
O Senado pode apreciar também quatro
propostas de emenda à Constituição que criam tribunais federais: a PEC 42/2012,
que prevê um TRF em Curitiba; a PEC 86/2011, em Manaus; a PEC 46/2012, em
Belém; e a PEC 61/2012, em Fortaleza. Na semana passada, os senadores debateram
a possibilidade de criação pelo Congresso. Outra proposta (PEC 544/2002 na
Câmara), que cria TRFs em Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e Salvador, apesar
de aprovada na Câmara e no Senado, ainda não foi promulgada.
Câmara
Na Câmara, está prevista para
segunda-feira (27) a votação em Plenário das MPs 601/2012 e 605/2013. As duas
normas perdem a validade em 3 de junho e precisam ser votadas na segunda para
que o Senado tenha sete dias para analisá-las. A MP 601 estabelece que 16
setores passarão a ter direito aos benefícios da desoneração da folha de
pagamento previstos no Plano Brasil Maior. A MP 605 permite ao governo usar
recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para subsidiar a redução
das tarifas de eletricidade.
FONTE: AGÊNCIA SENADO
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