CEPEA/LEITE: Preços voltam a subir em fevereiro, mas custos reduzem margem do produtor
O preço médio pago pelo leite aos produtores voltou a subir em fevereiro (referente à produção entregue em janeiro). A média ponderada dos estados de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA, foi de R$ 0,8408/litro, aumento de 1,1% (ou 0,9 centavo por litro) em relação ao pagamento de janeiro. Este valor representa um aumento real de 8,3% em relação a fevereiro de 2011 - valores deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro/12.
Apesar do leve aumento de preços em fevereiro, a margem bruta do produtor de leite reduziu neste início de ano, com o encarecimento da alimentação concentrada e da mão de obra. Devido aos reajustes de insumos com milho e farelo de soja, a dieta concentrada teve aumento de 11% na média dos estados de RS, SC, PR, SP, MG e GP entre dezembro e janeiro. Além disso, o aumento do salário mínimo de 14% a partir de janeiro pesou nos custos do pecuarista leiteiro, tendo em vista que na maioria das vezes o pagamento de funcionários é indexado ao salário mínimo.
O aumento de preços do leite ocorreu devido à redução da oferta nos últimos meses devido à estiagem no Sul do País e ao excesso de chuvas em algumas regiões do Sudeste, que prejudicaram essencialmente o transporte de leite. Em janeiro, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite) recuou 2,1% em relação ao mês anterior. A queda foi observada em quase todos os estados da pesquisa, com destaque para Goiás (-5,4%) e Minas Gerais (-3,1%). Na região Sul, houve recuo de 0,6%. O índice geral de janeiro ficou em patamar 1% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Para o pagamento de março (referente à produção entregue em fevereiro), a maior parte dos compradores consultados pelo Cepea espera estabilidade ou alta de preços, baseados na expectativa de menor avanço ou mesmo contínua redução da produção de leite, além da tendência de aumento do consumo de lácteos com a volta às aulas. Para 62% dos representantes de laticínios entrevistados pelo Cepea (que respondem por 68% do volume de leite amostrado), deve haver estabilidade de preços. Para 30% dos compradores (que representam 22% do volume da amostra), deve haver aumento e apenas 8% dos agentes (responsáveis por 10% do volume amostrado) sinalizam redução.
No mercado de derivados lácteos, o leite UHT, apurado diariamente no atacado do estado de São Paulo, teve média de R$ 1,72/litro em fevereiro, registrando leve aumento de 1% em relação ao mês anterior (o valor inclui frete e impostos). No caso do queijo muçarela, o preço médio se manteve estável, a R$ 10,23/kg. A pesquisa é feita com o apoio financeiro da OCB/CBCL.
AO PRODUTOR - O maior aumento de preços foi observado no estado do Rio Grande do Sul, de 2,5% (equivalente a 2 centavos por litro), com a média indo para R$ 0,8286/litro. Em Santa Catarina, o ajuste foi de apenas 0,8% (menos de 1 centavo por litro), com a média a R$ 0,8338/litro. No Paraná, os preços também permaneceram praticamente estáveis, com leve recuo de 0,4%, a R$ 0,8355/litro.
Em Minas Gerais, houve aumento de 2% (1,7 centavo por litro), com média de R$ 0,8388/litro. No estado goiano, o preço médio de fevereiro foi de R$ 0,8480/litro, com leve acréscimo de 1% (menos de 1 centavo por litro) em relação à média de janeiro. Em São Paulo, houve leve recuo de 0,6% (0,5 centavo por litro), a R$ 0,8681/litro. Na Bahia, a média foi de R$ 0,7353/litro, com recuo de 0,7% frente a janeiro.
Apesar do leve aumento de preços em fevereiro, a margem bruta do produtor de leite reduziu neste início de ano, com o encarecimento da alimentação concentrada e da mão de obra. Devido aos reajustes de insumos com milho e farelo de soja, a dieta concentrada teve aumento de 11% na média dos estados de RS, SC, PR, SP, MG e GP entre dezembro e janeiro. Além disso, o aumento do salário mínimo de 14% a partir de janeiro pesou nos custos do pecuarista leiteiro, tendo em vista que na maioria das vezes o pagamento de funcionários é indexado ao salário mínimo.
O aumento de preços do leite ocorreu devido à redução da oferta nos últimos meses devido à estiagem no Sul do País e ao excesso de chuvas em algumas regiões do Sudeste, que prejudicaram essencialmente o transporte de leite. Em janeiro, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite) recuou 2,1% em relação ao mês anterior. A queda foi observada em quase todos os estados da pesquisa, com destaque para Goiás (-5,4%) e Minas Gerais (-3,1%). Na região Sul, houve recuo de 0,6%. O índice geral de janeiro ficou em patamar 1% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Para o pagamento de março (referente à produção entregue em fevereiro), a maior parte dos compradores consultados pelo Cepea espera estabilidade ou alta de preços, baseados na expectativa de menor avanço ou mesmo contínua redução da produção de leite, além da tendência de aumento do consumo de lácteos com a volta às aulas. Para 62% dos representantes de laticínios entrevistados pelo Cepea (que respondem por 68% do volume de leite amostrado), deve haver estabilidade de preços. Para 30% dos compradores (que representam 22% do volume da amostra), deve haver aumento e apenas 8% dos agentes (responsáveis por 10% do volume amostrado) sinalizam redução.
No mercado de derivados lácteos, o leite UHT, apurado diariamente no atacado do estado de São Paulo, teve média de R$ 1,72/litro em fevereiro, registrando leve aumento de 1% em relação ao mês anterior (o valor inclui frete e impostos). No caso do queijo muçarela, o preço médio se manteve estável, a R$ 10,23/kg. A pesquisa é feita com o apoio financeiro da OCB/CBCL.
AO PRODUTOR - O maior aumento de preços foi observado no estado do Rio Grande do Sul, de 2,5% (equivalente a 2 centavos por litro), com a média indo para R$ 0,8286/litro. Em Santa Catarina, o ajuste foi de apenas 0,8% (menos de 1 centavo por litro), com a média a R$ 0,8338/litro. No Paraná, os preços também permaneceram praticamente estáveis, com leve recuo de 0,4%, a R$ 0,8355/litro.
Em Minas Gerais, houve aumento de 2% (1,7 centavo por litro), com média de R$ 0,8388/litro. No estado goiano, o preço médio de fevereiro foi de R$ 0,8480/litro, com leve acréscimo de 1% (menos de 1 centavo por litro) em relação à média de janeiro. Em São Paulo, houve leve recuo de 0,6% (0,5 centavo por litro), a R$ 0,8681/litro. Na Bahia, a média foi de R$ 0,7353/litro, com recuo de 0,7% frente a janeiro.
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A matéria é de Aline Barrozo Ferro e Sergio De Zen, do Cepea/USP.
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