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Importações de leite em pó

 caem 37%

Fevereiro apresentou um cenário mais otimista na balança comercial de lácteos frente ao último mês. As exportações aumentaram 34%, e as importações reduziram 29%, resultando em um saldo negativo da balança comercial de 10.935 toneladas. Os dados estão apresentados na tabela 1.

O valor total de produtos lácteos internalizados foi 14.309 toneladas, o que representou o montante de 51.224 mil dólares. O produto de maior impacto nas importações é o leite em pó (incluindo o integral e desnatado), com 7.366 toneladas. Em fevereiro importou-se 4.386 toneladas a menos que janeiro, redução de 37%. O Uruguai ainda é a principal origem desse leite, representando 50% do volume, a Argentina aparece em segundo lugar com 43% e o Chile com apenas 7%.

As importações de leite do Uruguai tem sido motivo de discussão no setor lácteo nacional, como pode ser lido na matéria Produtores de leite pedem investigação sobre importações , envolvendo até rumores sobre triangulação (leia a reportagem relacionada:). Uruguai responde às suspeitas de triangulação levantadas pelo Brasil

No entanto, os valores de leite em pó importado do Uruguai diminuíram 41% em relação à janeiro, tendo sido importadas 3.650 toneladas.

A Argentina que por sua vez tinha ultrapassado a cota de importação de leite em pó no mês passado, em fevereiro teve as exportações ao Brasil reduzidas em 39%, importando 3.166 toneladas, valor dentro das 3.600 toneladas mensais acordadas.

Por outro lado, foram externalizadas 3.374 toneladas de produtos lácteos, e desse total, 60% foi de leite condensado, com 2.010 toneladas, aumento de 101% em relação à janeiro. O principal destino foi a Venezuela, responsável pela absorção de 47% do volume.

Ao considerarmos o equivalente em leite (a quantidade de leite utilizada para produzir um quilo de determinado produto), foram importados 63,40 milhões de litros de leite em fevereiro, 22% a menos do que mês passado sendo o menor valor desde março de 2011, como pode ser visto no Gráfico 1. E se compararmos ao valor de fevereiro de 2011, temos redução de 41%.

A redução das importações poderia ter como explicação a época das negociações, pois normalmente são feitas com 90 a 120 dias de antecedência da data de entrega, portanto é possível que esses produtos tenham sido negociados em meados de outubro e novembro de 2011. Nessa época o câmbio estava alto, girando próximo da casa do 1,77 a 1,79. Logo, com o dólar mais valorizado, perspectiva de safra boa e vendas mais baixas em dezembro e janeiro, fez com que os compradores investissem menos nas importações.

A matéria é da Equipe MilkPoint.

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