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quarta-feira, 21 de março de 2012

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CEPEA/LEITE: Produção de leite no semi-árido é destaque nos novos painéis
Ao longo de 2011, o Cepea em parceria com a CNA deu continuidade aos painéis de custos de produção da pecuária leiteira no Brasil. Em 2010, foram levantados os custos nos principais estados produtores (GO, MG, PR, RS, SC e SP) e, em 2011, seguiu-se o ranking nacional de acordo com dados do IBGE: Acre, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rondônia.
A metodologia do "painel" foi usada para o levantamento das estruturas de produção. Nas regiões escolhidas para a pesquisa, é feita uma reunião com produtores e técnicos para que seja elaborada a estrutura de uma fazenda leiteira que represente a moda da produção da região, ou seja, o tipo de propriedade de onde vem a maior parte da produção de leite local.
Os municípios escolhidos em 2011 foram: Plácido de Castro-AC, Itamaraju-BA, Itapetinga-BA, Miguel Calmon-BA, Iguatu-CE, Quixeramobim-CE, Colíder-MT, Dom Aquino-MT, São José dos Quatro Marcos-MT, Camapuã-MS, Glória de Dourados-MS, Inocência-MS, Canaã dos Carajás-PA, Eldorado dos Carajás-PA, Garanhuns-PE, Itaiba-PE, Itaperuna-RJ, Valença-RJ, Jaru-RO, Ouro Preto do Oeste-RO e Rolim de Moura-RO.
Nas regiões pesquisadas, em geral, foram constatados modestos níveis tecnológicos, com problemas nos indicadores zootécnicos, como longo intervalo entre partos, curto período de lactação, baixa produção individual, altos índices de mortalidade na pré-desmama, baixo aproveitamento da terra em termos de produção de leite por hectare e baixa produção por mão-de-obra. Muitos dos problemas são ocasionados pela deficiência na nutrição dos animais, acarretando em problemas reprodutivos.
O estudo apontou também que o produtor brasileiro, em sua maioria, recorre muito pouco à assistência técnica para a melhora da produção, fazendo-no somente em casos de emergência. Entretanto, algumas regiões se destacam por terem expressivas vantagens comparativas, como é o caso de regiões pernambucanas e mato-grossenses. Em Garanhuns e Itaíba, ambos em Pernambuco, a boa genética do rebanho associada à utilização continua de concentrado e de palma forrageira proporcionam o resultado positivo para o produtor. Nas regiões de Mato Grosso, a vantagem competitiva se dá pela disponibilidade de concentrado e subprodutos dos grãos com baixo custo. Nos estados da região Norte, o destaque é o curto período de estiagem, o que favorece a utilização de pastagem praticamente o ano todo.
Analisando-se o resultado econômico da atividade no conjunto das regiões pesquisadas, somente a de Garanhuns (PE) obtém receita suficiente para cobrir o COT (Custo Operacional Total) - contabiliza as depreciações de máquinas, implementos, benfeitorias, manutenção de forrageiras perenes e pró-labore do produtor. No restante das regiões, a receita foi suficiente para cobrir somente o COE (Custo Operacional Efetivo), que se refere ao desembolso do produtor, como pode ser observado no Gráfico 1.
Gráfico 1. COE, COT e receita do leite dos painéis realizados em 2011 em valores unitários (Reais por litro de leite).

Fonte: Cepea/CNA.
O texto é do Cepea/ ESALQ-USP.

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