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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

DEU NO ESTADÃO

Reforma política e a volta
dos que não foram
Reforma política é um clichê que pode implicar avanço ou retrocesso. Depende dos objetivos de quem vai comandá-la. Pode acabar com partidos de aluguel e corrigir distorções de representação, ou mudar as aparências para manter tudo como está.
José Sarney convocou os colegas de Senado e Presidência, Fernando Collor e Itamar Franco, para compor a comissão que vai tratar da tal reforma. O trio representa a vanguarda do passado do país. E planejará seu futuro.
Não se pode negar que eles têm muita experiência nos temas principais da reforma. Já trocaram várias vezes de partido, já usaram legendas de aluguel, já barganharam a formação de maiorias parlamentares de modo franciscano.
Não se deve esperar, porém, que imponham barreiras eleitorais aos partidos, ou que corrijam a desproporção que faz o voto de um paulista que mora em Roraima valer 11 votos de roraimenses que vivem em São Paulo.
Senador por um Estado onde não mora, o Amapá, Sarney entrou para a história ao trocar suas origens no PDS/PFL/DEM pelo PMDB, o que ajudou a transformar o partido da oposição à ditadura na confederação de interesses que está aí.
Collor foi eleito presidente pelo PRN, um partido nanico que já foi PJ e hoje atende por PTC. Sua história é tão grandiosa quanto a passagem collorida pelo Planalto. Itamar foi sua consequência.
Juntas, as siglas partidárias que já abrigaram o trio formam quase um alfabeto.
Enfim, a reforma política parece que será comandada por aqueles que tornam necessário reformar a política. Como já virou moda dizer no Twitter, não deverá passar de um puxadinho.
FONTE: Por Jose Roberto de Toledo, estadao.com.br


Centrais reagem a 'rolo compressor'
e preparam emendas
O PDT vai apresentar emendas para elevar o salário mínimo de 2011 a R$ 560 ou R$ 580, apesar da orientação do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), para que aliados não apresentem emendas à Medida Provisória propondo um piso de R$ 545. 'Não é assim não, isso aqui é um Parlamento', reagiu o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical. 'Se o governo quiser passar o rolo compressor ele vai, mas antes vai ter de colocar o Exército para cercar o Congresso.'
O deputado avisou que as centrais farão uma grande mobilização. 'Aí, vamos ver como será a votação', ameaçou. Para o deputado, o governo cometerá um erro se romper a negociação com as centrais sindicais em torno do valor do mínimo. 'Fica um rescaldo para o futuro. Derrotar aliados é uma coisa ruim, um erro que estão levando a Dilma a fazer.'
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, avalia que o que está em discussão é muito mais do que o valor do salário mínimo. 'É uma visão de política econômica', disse.
O governo, por intermédio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sustenta que não pode pagar um piso salarial maior porque, entre outras razões, isso pressionaria a inflação. 'A questão é que não temos uma inflação de demanda', argumenta o presidente da CUT. 'A inflação tem um pico no início do ano por causa de mensalidades escolares e transporte.' Artur Henrique espera que o governo negocie pelo menos a correção da tabela do Imposto de Renda. 'Estão esticando a corda', protestou o presidentes da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
FONTE: estadao.com.br


Oposição se divide entre valores dos grupos de Serra e de Aécio

BRASÍLIA - Sem chegar a um consenso sobre a estratégia que adotará para enfrentar o governo federal, os partidos de oposição também não se aproximam de um acordo sobre qual postura adotarão na discussão em torno do reajuste do valor do salário mínimo.
Na prática, como os demais temas que são discutidos pela oposição no Congresso, PSDB e DEM tomarão suas posições divididos entre o que pensam o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
A ala serrista defende uma proposta de R$ 600 para o mínimo, conforme foi martelado pelo tucano na sua fracassada campanha presidencial.
Esse valor já foi defendido publicamente pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e pelo líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira, também de São Paulo.
Do lado aecista, a ideia é trabalhar por um mínimo de R$ 565. Esse valor seria superior aos R$ 545 propostos pelo governo federal, mas abaixo dos R$ 600. Essa posição é encampada abertamente por parlamentares do DEM ligados a Aécio, como o presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), que diz 'ser contra o reajuste de R$ 600 porque isso comprometeria a estabilidade fiscal do País'. 'Reajustar para R$ 600 não seria coerente com a nossa posição de recompor as perdas dos trabalhadores mantendo a defesa da austeridade fiscal', afirma Maia.
Diálogo. Na verdade, o DEM até sinaliza com a abertura de um diálogo institucional sobre esse assunto e outros temas, enquanto o grupo serrista prefere adotar um tom mais radical de esticar a corda nessa relação. 'Fala-se tanto em abrir um diálogo de alto nível entre governo e oposição que eu não vejo problema em a gente discutir esse assunto colocando na mesa uma proposta séria de reajuste, sem radicalismos', avalia Maia.
Além disso, o DEM decidiu propor ontem que a Câmara dos Deputados organize uma comissão geral, envolvendo todos os deputados, para que plenário da Casa debata o reajuste com as centrais sindicais e com representantes do governo federal.
'Não achamos correto que o governo queira aprovar uma proposta que regule o valor do salário mínimo pelos próximos quatro anos numa discussão tão curta, de apenas alguns dias. É importante que a Câmara debata esse assunto com profundidade', diz o líder do DEM na Câmara, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).
FONTE: estadao.com.br


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