Projeto Axé quer
sediar novos projetos no Centro Histórico de Salvador
O Projeto Axé,
criado há 25 anos, com 1,2 mil atendimentos mensais em Salvador e orçamento
anual de R$ 4,5 milhões, deve instalar novos projetos no Centro Histórico de
Salvador (CHS). A notícia foi dada ontem (02) pela manhã pelo fundador e
presidente da instituição, Cesare de La Rocca, na sede do Axé, no Edifício
Suerdieck, bairro Comércio. “Temos dois grandes projetos que ainda não foram
anunciados e que necessitam de sedes para funcionar”, revelou La Rocca. Segundo
ele, um dos projetos contará com parceria da secretaria de Turismo (Setur) e
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Dois dirigentes
da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) estiveram na reunião de ontem
(02) para auxiliar nesses novos desafios. A diretora geral da Fundação Cultural
do Estado (FUNCEB), Fernanda Tourinho, e o diretor geral do Instituto do
Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), João Carlos de Oliveira. Do projeto Axé
estiveram presentes ainda Helmut Schned, Marcos Carvalho e Regina Moura.
“Recebemos o convite de Fernanda Tourinho da FUNCEB para, em esforço conjunto,
pensar nas parcerias que podem ser ampliadas com o projeto Axé”, explica o
diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira.
R$96 MIL/ANO – O
IPAC já apoia o Projeto Axé com a autorização de uso de um prédio que comporta
originalmente três imóveis, no Pelourinho, na esquina da Rua das Laranjeiras
com a Rua Inácio Accioly. O valor de mercado do prédio é de R$8 mil/mês, que
totalizam R$96 mil/ano, recurso aportado pelo IPAC nesta iniciativa de La
Rocca. Em troca, o projeto atende gratuitamente crianças e adolescentes em
situação de risco social. No local, o
Axé desenvolve atividades pedagógicas de música e artes visuais, além de dispor
de uma loja para venda dos seus produtos no térreo.
Segundo João
Carlos de Oliveira, a intenção do IPAC é ampliar essa parceria para ocupar
outros imóveis. “Em duas décadas e meia, ao capacitar com arte-educação
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social para inserção no
mercado de trabalho, o Projeto Axé salva vidas”, afirma o dirigente estadual da
SecultBA. Além de intermediar a reunião, a diretora da FUNCEB, Fernanda
Tourinho, tem feito reuniões com entidades e equipamentos artístico-culturais
que atuam no Centro Antigo de Salvador para criação de uma rede. “Grande parte
dessas entidades trabalham com as linguagens artísticas, que são o objeto de
trabalho da FUNCEB; estamos otimistas com essa construção colaborativa”, diz
Fernanda.
SENADO – Por
serviços prestados à Bahia, em setembro do ano passado a Assembleia Legislativa
entregou à Cesare La Rocca o título de Cidadão Baiano. Na oportunidade, ele
dedicou a homenagem aos profissionais, alunos e jovens pobres que participaram
do projeto em 25 anos de trabalho. No ano passado também a secretaria estadual
de Justiça aportou R$ 2,5 milhões no Projeto Axé.
Cesare também
foi agraciado com a Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara do Senado
Federal, dentre outros prêmios e reconhecimentos. Nascido em Florença, na
Itália, em 1937, Cesare de Florio La Rocca vive no Brasil há 49 anos. Foi
vice-representante da UNICEF no Brasil e compõe o Conselho Consultivo da
Sociedade Civil do BID.
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