Prefeito
sanciona lei que reconhece utilidade pública da Associação de
Pessoas com Doenças Falciformes de Ilhéus
A lei foi
aprovada na Câmara de Vereadores e homologada pelo prefeito Jabes Ribeiro. A
secretaria de Saúde presta assistência aos pacientes no âmbito do município
O prefeito Jabes
Ribeiro sancionou a lei número 3.788, de 11 de março de 2016, aprovada pela
Câmara de Vereadores, que reconhece de utilidade pública a Associação de
Pessoas com Doenças Falciformes de Ilhéus (Apedefi), entidade que presta um
serviço importante no auxílio aos pacientes locais. Nesse sentido, o secretário
municipal de Saúde, Antonio Ocké, informa que a estrutura da rede de saúde tem
se esforçado para oferece melhor suporte para a Associação e para o atendimento
às pessoas portadoras da doença, que tem caráter genético e é hereditária.
O secretário
disse que foi disponibilizado um local no Centro Municipal de Atendimento
Especializado (CMAE), localizado à Rua Major Homem Del´Rey, 95, bairro Cidade
Nova, com ambiente climatizado, para que a Apedefi realize suas reuniões e
estratégias de auxílio aos usuários. Segundo ele, a sala foi dotada de
mobiliário visando o seu melhor funcionamento. “Recentemente, disponibilizamos
o atendimento de uma nutricionista e um psicólogo para os falciformes. Agora,
nossa meta é viabilizar um médico hematologista, pois a profissional que
tínhamos na rede municipal se aposentou”, explicou Ocké.
A diretora de
atendimento de Média e Alta Complexidades da Secretaria de Saúde, enfermeira
Fernanda Ludgero, explica que “desde o início de nosso trabalho foram
incorporados novos profissionais da área de saúde e de assistência social para
atendimento aos casos que necessitam de acompanhamento transversal, de cuidado
integral, demonstrando respeito e atenção aos nossos pacientes com anemia
falciforme”.
Medicamentos -
Com relação aos medicamentos, a diretora da Sesau afirma que grande parte das
pessoas com a doença faz uso de Hidroxiureia (Hydrea), de responsabilidade da
secretaria estadual de Saúde (Sesab), que é quimioterápico. A função desse
remédio é produzir diariamente células fetais, contribuindo para diminuir
crises de dores, hospitalizações, transfusões e sequelas provocadas pela
patologia.
Segundo Ludgero,
existem medicamentos de uso contínuo que são de responsabilidade do município,
a exemplo de ácido fólico, indispensável para oxigenação das células,
ibuprofeno, amoxicilina, paracetamol (uso adulto e infantil), pen-ve-oral e
benzetacil. Ela ressalta que o problema não é exclusivo no município de Ilhéus.
“Percebemos que há grande dificuldade em todo o país em se identificar e tratar
corretamente os casos de crises de pessoas com doença falciforme nas
emergências hospitalares, por falta de aprimoramento no conhecimento dos
profissionais atuantes, além de haver discreto racismo institucional, o que
leva essa patologia a ser pouco conhecida pelos profissionais de saúde”.
A doença é
consequência da mutação de hemoglobina “S”, que faz com que a hemácia que
normalmente é arredondada e flexível, torne-se enrijecida e em formato de
foice, daí o nome falciforme. Os avanços da medicina fizeram chegar até à cura,
através do transplante de medula óssea. No entanto, o doador tem que ser irmão
de pai e mãe. O Ministério da Saúde publicou portaria que restringe o
transplante para pessoas maiores de 16 anos.
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