Senado pode
analisar nova proposta de ficha limpa para servidores públicos
Enquanto a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 6/2012, que exige ficha limpa para o ingresso no serviço
público ainda aguarda uma definição da Câmara dos Deputados, onde tramita como
PEC 284/2013, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado
pode examinar um novo projeto com o mesmo teor. Trata-se do Projeto de Lei do
Senado (PLS) 54/2012.
Assim como a PEC 6/2012, a segunda
proposta, da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), tem como objetivo estender
aos funcionários públicos – tanto aqueles em cargos efetivos quanto
comissionados – os requisitos impostos aos candidatos a cargos eletivos
previstos na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10).
Se o projeto for aprovado e entrar em
vigor, ficarão impedidos de assumir cargos públicos aqueles que estão em
situação de inelegibilidade em razão de condenação ou punição de qualquer
natureza, na forma da Lei da Ficha Limpa, como crimes contra a administração
pública, crimes eleitorais e crimes hediondos. O prazo de inelegibilidade é de
oito anos.
“Produto da vontade popular mais
genuína, a Lei da Ficha Limpa representou um momento histórico da reação da
cidadania brasileira contra desmandos na atividade política. Cremos que é
momento de estender essa mesma reação à Administração Pública Federal, cuja
estrutura não está livre de servidores e outros agentes públicos dedicados a
práticas ilícitas e recrimináveis”, justifica a senadora.
Parecer
Segundo o relator na CCJ, senador
Eduardo Lopes (PRB-RJ), ainda que outra proposta com teor semelhante já tenha
passado pelo crivo do Senado – caso da PEC 6/2012 – a apreciação do novo
projeto não deve ser considerada prejudicada. Na avaliação do parlamentar, que
apresentou parecer pela aprovação do PLS 54/2012 com algumas adequações no
texto original, a aprovação da proposta apresentada por Vanessa Grazziotin
tende a ser mais rápida, já que o rito de projeto de lei é abreviado em relação
ao da PEC.
“A medida será fundamental para se
assegurar a moralidade na administração pública federal, bem como para resgatar
a boa imagem e a valorização das instituições públicas por parte da sociedade,
em tempos em que se têm constatado tantas situações em que o bem público tem
servido aos interesses privados”, defende o relator.
A proposta será examinada em caráter
terminativo pela CCJ do Senado.
Fonte: Agência Senado
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