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terça-feira, 23 de julho de 2013

O PAPA É POP, DEUS AGRADECE!

O PAPA É POP, DEUS AGRADECE!
                                              
Autor: Alvaro

Vamos separar em partes tudo que aconteceu. Primeiro a segurança. Correram risco - o Papa e o povo nas ruas - nada justificou tanta imprudência, tanta negligencia, tamanha imperícia. Uma estupidez que avacalha o estado do Rio de Janeiro e o país. Uma gafe sem precedentes. O Papa é tão responsável quanto as autoridades brasileiras. O Pontífice, por que gosta de quebrar protocolos e se expor demasiadamente tem parcela da responsabilidade pelo risco que correu. Francisco ficou o tempo todo de vidros abertos e escolheu um veículo impróprio.  Os seguranças também erraram muito por que escolheram um trajeto inadequado e por que não deram a devida proteção a uma autoridade do porte de um chefe de estado e ao mesmo tempo o maior líder religioso do mundo, o Papa.
O simbolismo: a Igreja Católica viveu momentos áureos. E, provavelmente, o evento ainda não viveu seu ápice. O Papa Francisco, por onde passa, arrasta multidão. Parece um trio elétrico em pleno carnaval baiano. É irresistível. Vejam o que diz a música: "atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu..." Todos querem ficar mais próximo do Papa Francisco. Todos querem ouvir sua música. Todos querem tocá-lo. Ninguém mais lembra que ele tem nacionalidade argentina. Ele é um homem do mundo. O Papa é argentino, italiano, romano, brasileiro. O Papa é cidadão do mundo. O papa é de todo o mundo. O Papa é nosso. O Papa é pop, ele disse: "Cristo bota fé nos jovens. Os jovens botam fé em Cristo"
Os protestos: quem protesta quer visibilidade. Não há momento melhor. O Papa atrai multidões. Gente do mundo todo. Jornalistas do mundo todo. O mundo inteiro está de olho no Brasil. Para quem quer chamar atenção para sua causa, nada melhor que rasgar a batina do Papa. Ou quem sabe até, botar o Papa no colo. Os manifestantes querem visibilidade.   Para tanto, não hesitarão em pintar de vermelho o seu traseiro pouco proeminente. Se ninguém der muita atenção àqueles que precisam aparecer haverá mais radicalização para chamar mais atenção. Porisso a polícia deve dar mais atenção aos manifestantes radicais.
A síntese: É preciso negociar para que possa surgir o mínimo de consenso. Vamos à síntese.  A turma do planejamento deve elaborar um plano com um pouco mais de cuidado com a segurança e também convencer a Francisco encarnar um Papa menos pop. Em termos de marketing, o catolicismo precisa diminuir a expectativa do evento  ser  simbolicamente tão explicito. Os responsáveis pelos manifestos de rua se obrigam a ser menos radicais.  Ou seja, em resumo :  teremos uma festa menos glamorosa com menos trabalho e mais planejamento para a turma da segurança. E para os jovens, eles experimentarão menos fervor e diversão. Para os radicais, menos pneus queimados e menos coquetéis molotows atirados contra os policiais. Para Deus... Bom, Deus ficará bem mais tranquilo e agradecido se todas as partes se conformarem com menos. Inclusive a presidente Dilma, que no primeiro dia da visita do Papa, surfou na onda de Francisco, ganhando aplausos e ficando imune ao ódio dos manifestantes.
 Francisco brilhou desde o embarque na Itália. Foi aplaudisse a cada parágrafo de seu discurso. Principalmente quando disse em sua fala: "Não trago ouro nem prata...trago Jesus Cristo".
Dilma, em sua fala, repetiu o "nunca antes netepaiz": "Nos últimos dez anos nós mudamos o Brasil".

Agora, digo eu: perguntem a Jesus Cristo se quem descobriu o Brasil e proclamou a República   não foi o PT. E se a abolição da escravatura e a independência do Brasil não foi obra de Lula. Francisco ficará na dúvida, por educação. Dilma dirá que sim, com veemência. Eu, os chamarei de contadores de "causos" em causa própria, com as bênçãos de Francisco - já na Itália - e a complacência de Jesus Cristo - lá no céu.

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