O PAPA É POP,
DEUS AGRADECE!
Autor: Alvaro
Vamos separar em partes tudo que
aconteceu. Primeiro a segurança. Correram risco - o Papa e o povo nas ruas -
nada justificou tanta imprudência, tanta negligencia, tamanha imperícia. Uma
estupidez que avacalha o estado do Rio de Janeiro e o país. Uma gafe sem
precedentes. O Papa é tão responsável quanto as autoridades brasileiras. O
Pontífice, por que gosta de quebrar protocolos e se expor demasiadamente tem
parcela da responsabilidade pelo risco que correu. Francisco ficou o tempo todo
de vidros abertos e escolheu um veículo impróprio. Os seguranças também erraram muito por que
escolheram um trajeto inadequado e por que não deram a devida proteção a uma
autoridade do porte de um chefe de estado e ao mesmo tempo o maior líder
religioso do mundo, o Papa.
O simbolismo: a Igreja Católica viveu
momentos áureos. E, provavelmente, o evento ainda não viveu seu ápice. O Papa
Francisco, por onde passa, arrasta multidão. Parece um trio elétrico em pleno
carnaval baiano. É irresistível. Vejam o que diz a música: "atrás do trio
elétrico só não vai quem já morreu..." Todos querem ficar mais próximo do
Papa Francisco. Todos querem ouvir sua música. Todos querem tocá-lo. Ninguém
mais lembra que ele tem nacionalidade argentina. Ele é um homem do mundo. O
Papa é argentino, italiano, romano, brasileiro. O Papa é cidadão do mundo. O
papa é de todo o mundo. O Papa é nosso. O Papa é pop, ele disse: "Cristo
bota fé nos jovens. Os jovens botam fé em Cristo"
Os protestos: quem protesta quer
visibilidade. Não há momento melhor. O Papa atrai multidões. Gente do mundo
todo. Jornalistas do mundo todo. O mundo inteiro está de olho no Brasil. Para
quem quer chamar atenção para sua causa, nada melhor que rasgar a batina do
Papa. Ou quem sabe até, botar o Papa no colo. Os manifestantes querem
visibilidade. Para tanto, não hesitarão
em pintar de vermelho o seu traseiro pouco proeminente. Se ninguém der muita
atenção àqueles que precisam aparecer haverá mais radicalização para chamar
mais atenção. Porisso a polícia deve dar mais atenção aos manifestantes
radicais.
A síntese: É preciso negociar para que
possa surgir o mínimo de consenso. Vamos à síntese. A turma do planejamento deve elaborar um
plano com um pouco mais de cuidado com a segurança e também convencer a
Francisco encarnar um Papa menos pop. Em termos de marketing, o catolicismo
precisa diminuir a expectativa do evento
ser simbolicamente tão explicito.
Os responsáveis pelos manifestos de rua se obrigam a ser menos radicais. Ou seja, em resumo : teremos uma festa menos glamorosa com menos
trabalho e mais planejamento para a turma da segurança. E para os jovens, eles
experimentarão menos fervor e diversão. Para os radicais, menos pneus queimados
e menos coquetéis molotows atirados contra os policiais. Para Deus... Bom, Deus
ficará bem mais tranquilo e agradecido se todas as partes se conformarem com
menos. Inclusive a presidente Dilma, que no primeiro dia da visita do Papa,
surfou na onda de Francisco, ganhando aplausos e ficando imune ao ódio dos
manifestantes.
Francisco brilhou desde o embarque na Itália.
Foi aplaudisse a cada parágrafo de seu discurso. Principalmente quando disse em
sua fala: "Não trago ouro nem prata...trago Jesus Cristo".
Dilma, em sua fala, repetiu o
"nunca antes netepaiz": "Nos últimos dez anos nós mudamos o Brasil".
Agora, digo eu: perguntem a Jesus Cristo
se quem descobriu o Brasil e proclamou a República não foi o PT. E se a abolição da escravatura
e a independência do Brasil não foi obra de Lula. Francisco ficará na dúvida,
por educação. Dilma dirá que sim, com veemência. Eu, os chamarei de contadores
de "causos" em causa própria, com as bênçãos de Francisco - já na
Itália - e a complacência de Jesus Cristo - lá no céu.
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