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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Peças dos séculos XVII, XVIII e XIX são resgatadas pelo IPAC na Igreja do Pilar

Peças dos séculos XVII, XVIII e XIX são resgatadas pelo IPAC na Igreja do Pilar







Confessionários em madeira, banquetas para apoio de objetos litúrgicos (sagrados) e tocheiros esculpidos na madeira, pertencentes à Igreja do Pilar, situada no bairro do Comércio, em Salvador, estão sendo restaurados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). De acordo com o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira, as peças são originárias dos séculos XVII, XVIII e XIX e estão passando por processo de conservação e restauro. O IPAC é vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).
“Com essas ações estamos resgatando aspectos estéticos e históricos da época da cada peça”, explica João Carlos. O confessionário é um elemento clássico das instituições católicas, onde os adeptos fazem confissões sentadas ou ajoelhadas à peça. Segundo a equipe do IPAC os confessionários não se encontravam em uso e devem datar do século XVII. A equipe está formada por 16 profissionais. “Foram sete marceneiros, seis responsáveis pela recomposição de elementos pictóricos, uma responsável técnica e técnicos auxiliares”, comenta o diretor do órgão estadual.
O diretor do IPAC lembra que as ações estão sendo feitas em parceria com a irmandade da igreja do Pilar. “Devido a contingenciamentos deste ano, contamos com a colaboração de todos os locais onde fazemos obra”, diz João Carlos. Prefeituras de Xique Xique em Banzaê, irmandades do Rosário dos Pretos e do Pilar, são alguns exemplos das parcerias com IPAC. No caso do Pilar, a irmandade está cedendo transporte.
RAROS – A coordenadora de Restauro de Elementos Artísticos (Cores) do IPAC, Kathia Berbert, destaca que esses confessionários são raros e dos poucos exemplares desse período existentes no Brasil. Resgatados em mal estado de conservação, os confessionários são policromados em tons azulados.
Já a restauração das banquetas está sendo finalizada. “Elas eram utilizadas nas laterais dos altares, servindo de suporte para elementos de celebração, chamados de alfaias, como os cálices, as patenas, os ostensórios e os turíbulos” Explica Kathia Berbert. Em geral essas peças eram confeccionadas em prata e ouro, decoradas artesanalmente, lavradas, buriladas e cinzeladas. Cerca de 24 tocheiros em madeira também estão em processo de restauro.
ESPANHÓIS – AIgreja do Pilar foi construídanos séculos XVII e XVIIIao sopé da encosta, que divide as Cidades Alta e Baixa, em Salvador. Os recursos vieram da comunidade da cidade, com participação de imigrantes espanhóis. A edificação é tombada pelo IPHAN/Ministério da Cultura como Patrimônio do Brasil e apresenta influências do barroco, rococó e neoclássico.

“Esses restauros exigem delicadeza, sensibilidade e técnica dentro dos parâmetros científicos”, alerta a coordenadora do IPAC, Kathia Berbert. São usados pincéis extremamente finos (pelo de Marta) e técnicas de reintegração, como o rigattino, pontilhismo e trateggio, dentre outros. “Quem define o tempo de duração do trabalho sãoas próprias peças, dependendo do estado de conservação, das intervenções e obedecendo a um diagnóstico e um projeto de restauro”, explica.

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