ENTREVISTA COM
JORGE BARBOSA SOBRE A CAMPANHA SALARIAL 2015
1)
Qual o maior ganho da greve dos bancários 2015?
Jorge: Derrota da proposta de arrocho
salarial defendida pela Fenaban de reajuste abaixo da inflação. Além disso,
segundo o Dieese, 11,2 bilhões serão injetados na economia até o final do ano.
É a redistribuição de parte do lucro dos bancos através de salários,
beneficiando a muitos e não apenas um punhado de famílias concentradas na
região mais rica do Brasil.
2)
E a condução do movimento?
Jorge: A posição da CTB dentro do
Comando Nacional dos Bancários foi de que deveria haver um tensionamento maior
após a proposta de 10%, no sentido de reafirmar que a rentabilidade dos bancos
não foi nem será afetada pela política macroeconômica que continua a
privilegiar o sistema financeiro através de juros altos, e a geração de
superávit primário. Poderíamos ter sido mais ofensivos!
3)
Qual o papel da CTB?
Jorge: A Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil – CTB, deu uma grande contribuição à categoria bancária
quando através da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe apresentou ao
Comando Nacional dos Bancários a proposta de: Acordo só com aumento real, o que
foi acatado e norteou a negociação.
4)
A respeito da participação dos bancários?
Jorge: A categoria precisa entender que
é necessário o envolvimento com o movimento. Além da participação nas
assembléias, é preciso construir a greve, no objetivo de convencer mais colegas
a adesão através da efetiva permanência em frente às agências. Só com mais
participação, é que contaremos com maior adesão. Avançaremos com mais
consciência e ação.
5)
Como será lembrada?
Jorge: Mediante o duro enfrentamento a
intransigência e arrogância dos bancos, que tentaram impor o arrocho salarial
com o reajuste abaixo da inflação. É bom sempre ressaltar que é o segmento mais
lucrativo da economia nacional, que mesmo em plena crise, a estimativa é de
aproximadamente 70 bilhões de lucro líquido em 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário