Debates e
apresentações culturais marcam a Semana da Consciência Negra de Ilhéus
A programação contou com diversas
apresentações culturais, oficinas, intervenção com a Biblioteca Itinerante e
rodas de diálogo que contou com a presença de Arany Santana e Vovô do Ilê
A série de eventos na Semana da
Consciência Negra, em Ilhéus, teve início no dia 17, na terça-feira, e se
estendeu até ontem, sexta-feira, 20. Com atividades concentradas na Biblioteca
Pública Municipal Adonias Filho, a programação contou com diversas
apresentações culturais, oficinas, intervenção com a Biblioteca Itinerante e
rodas de diálogo que contou com a presença de Arany Santana e Vovô do Ilê. A
iniciativa é da Prefeitura de Ilhéus, por meio da Secretaria Municipal de
Cultura (Secult).
No evento de abertura, terça-feira, dia
17, Bloco Afro Iorubá apresentou uma coreografia com a sua percussão. Em
seguida, o secretário de Cultura lançou a edição 3/2015 da Revista Boca de
Cena, produzida pelo Oco Teatro Laboratório, dedicada ao teatro negro na Bahia.
De acordo com o prefeito Jabes Ribeiro, essas manifestações reforçam o objetivo
do poder público de fomentar debates e atividades que busquem desconstruir
preconceitos e somar esforços para uma sociedade mais humana.
Na tarde da quarta-feira, dia 18, na
Biblioteca Pública Municipal Adonias Filho, Preta Ashanti e Dani Jêje, da Casa
do Boneco de Itacaré, ministraram a Oficina de Turbantes. Durante a oficina, os
alunos e alunas puderam aprender diversas técnicas de amarração para turbantes
e torços. Em paralelo, foi realizada a Oficina de Percussão ministrada por Bira
Monteiro, músico percussionista da Fundação Cultural do Estado da Bahia
(FUNCEB), que contou com a participação de vários músicos e percussionistas dos
blocos afros de Ilhéus.
Já na quarta à noite, houve a doação de
livros e revistas do Ilê Ayê para a Biblioteca Pública. Logo depois, a roda de
conversa “Meu cabelo, minha identidade” contou com a presença de Vovô do Ilê e
de Arany Santana, Diretora do Centro de Culturas Populares e Identitárias
(CCPI), que emocionou e levou o público discutir e refletir acerca da
importância de assumir a estética negra como um ato de afirmação identitária em
meio à sociedade que ainda perpetua o racismo.
Na tarde de quinta-feira, dia 19, foi
realizada a roda de conversa “Mídia e racismo”, com a presença de Andressa
Santos, produtora da Rádio UESC e Islânia Ribeiro, assesora de comunicação da
Maramata, para debater a representatividade do negro nos diversos meios de
comunicação do país. Em seguida, a professora da Escola de Dança da Fundação
Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), Roquidelia Santos, ministrou a Oficina de
Dança Afro, que contou com expressiva participação dos dançarinos dos blocos
afros de Ilhéus.
Encerrando a programação, na
sexta-feira, dia 20, foi realizado café da manhã no Alto do Basílio, no início
da Avenida Palmares, com a presença de moradores, líderes locais, do vereador
Raimundo do Basílio e de grupos afro culturais. Já na Biblioteca Pública, às
09:30h, aconteceu o lançamento do livro “Capoeira e criança: desafios e
perspectivas na formação humana” do professor Jean Adriano Barros da Silva.
Logo depois, a psicóloga Patrícia Mascarenhas palestrou sobre “A criança na
capoeira”. O evento contou com a presença de diversos grupos de capoeira da
região.
Durante à tarde, foi realizada a
exibição do curta “Bóia Fria” de Sandoval Dourado. Em seguida, a roda de
conversa “Violência doméstica contra a mulher negra”, com a de presença de
Carla Magalhães, assessora de comunicação da Associação de Afrodensenvolvimento
Casa do Boneco de Itacaré e do Coletivo LGBT Flores Astrais e de Natália
Santos, graduanda em história na UESC e militante do Levante Popular da
Juventude. Finalizando a programação, aconteceram apresentações com os blocos
afros Dilazenze, Guerreiros de Zulu, Zambi-Axé, Mini Congo, Iorubá e
convidados.
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