IPAC aprova
projeto de restauro no Forte São Diogo
O Forte de São Diogo, uma das
fortificações a ser recuperadas pela prefeitura municipal no bairro da Barra,
em Salvador, teve seu projeto analisado pelo Instituto do Patrimônio Artístico
e Cultural (IPAC). Responsável por coordenar a política pública de proteção aos
bens culturais baianos, o IPAC é vinculado à Secretaria de Cultura (SecultBA).
O forte é tombado pelo Estado da Bahia como Patrimônio Cultural via decreto nº
8.357 de 2002, e é originário de 1624, período em que acontece a primeira
invasão holandesa na Bahia.
"Para imóveis tombados através do
IPAC, existem parâmetros urbanísticos e itens a serem fornecidos para análise
de intervenções, como formato da proposta, ambiência e integridade da
edificação", explica a arquiteta Silvana Santos, da subgerência de
projetos do instituto, que analisou a proposta de reforma do forte. Já a Igreja
de Santo Antônio, situada acima do forte, no cume da colina, tem tombamento
federal do IPHAN/Ministério da Cultura (MinC), assim como, o Forte de Santa
Maria, no Porto da Barra, e o Forte de Santo Antônio (Farol da Barra), também
fiscalizados pelo IPHAN/MinC.
"Antes de iniciar qualquer obra, o
interessado deve apresentar projeto, peças gráficas e plantas ao IPAC",
alerta Silvana. Foi o que aconteceu com a prefeitura municipal, que apresentou
plantas de localização/situação, pavimento de uso militar, cortes, fachadas e
layout. Para a arquiteta do IPAC, o projeto de restauro do Forte São Diogo não
agrediu tipologia ou integridade do monumento, além de dialogar com o entorno.
O projeto prevê implantação do 'Espaço
Carybé' no segundo pavimento do imóvel, sala de exposições, novas instalações
sanitárias, quiosque para café, área para 10 mesas cobertas, elevador
panorâmico e passarela metálica. No processo de liberação, técnicos do IPAC
visitaram a edificação, realizando prospecções arquitetônicas e cobertura
fotográfica. Participaram ainda a arquiteta Lígia Larcher e o fotógrafo Lázaro
Menezes.
As recomendações do IPAC foram
atendidas. Ocorrerá ainda a inserção de quiosque para atender sala de exposição
e um café. "Outro destaque é o painel do artista plástico baiano Genaro
Carvalho (1926-1971), intitulado 'Painel do Forte de São Diogo' que também deve
ser preservado", afirma a arquiteta Silvana. Por motivo de segurança e
melhor visibilidade, a obra de Genaro será remanejada para a lateral direita do
prédio. Se ocorrer modificações na proposta inicial de reforma do forte, será
necessária nova anuência do IPAC, por se tratar de imóvel tombado pelo Estado.
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