BANCÁRIOS DO
HSBC VÃO A BRASÍLIA PARA DEFENDER O EMPREGO
Os bancários do HSBC passaram o dia em
Brasília para defender o emprego no banco, após a venda para o Bradesco,
anunciada no último dia 3, por R$ 17,6 bilhões. Pela manhã, realizaram
manifestação em frente ao Banco Central (BC).
A categoria participaria de audiência
pública para discutir o assunto, mas o evento foi adiado por falta de
documentos. Mesmo assim, eles fizeram a manifestação.
A coordenadora nacional da Comissão de
Organização dos Funcionários (COE) do HSBC, Cristiane Zacarias, explica que os
manifestantes querem a fiscalização do Banco Central na finalização do
processo. "Se o Bacen busca um sistema financeiro saudável, e se
considerarmos que das suas atribuições constam o bem estar social, ele não deve
homologar o acordo de venda. O HSBC tem muito a explicar, inclusive para o
próprio BC, que deveria ter fiscalizado suas operações e apurado a denúncia de
lavagem de dinheiro que hoje resultou em uma CPI -swissleaks. Não iremos
aceitar demissões de um sistema que só se preocupa com a lucratividade",
garantiu.
Ela argumentou ainda que a venda diminui
a concorrência e aumenta a concentração bancária. Se a venda for realmente
aprovada, Cristiane defende que o emprego dos trabalhadores seja garantido.
"Os trabalhadores podem e devem enviar e-mails ao Cade e ao Banco Central
cobrando o compromisso dos órgãos de defender os empregos", lembrou.
Depois da manifestação no centro de
Brasília, os bancários seguiram para o Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade), que também vai analisar a operação de venda do HSBC ao
Bradesco.
No fim do dia, os trabalhadores se
reuniram com o deputado Daniel Almeida (PC do B-BA), autor da proposta de
audiência pública que estava marcada para esta terça. Ele garantiu que o evento
acontecerá ainda em agosto.
Fonte: Contraf
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