RS: Governo
estadual libera produção do leite Latvida
O secretário da Agricultura, Luiz
Fernando Mainardi, anunciou nesta quarta-feira, na prefeitura de Estrela, a
liberação das linhas de produção da empresa VRS — Indústria de Laticínios Ltda,
produtora do leite Latvida. A fabricante cumpriu as exigências sanitárias
feitas pela Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa). No mesmo
ato, a empresa assinou termo de compromisso de adesão ao programa de coleta a
granel e recebeu o prazo de 60 dias para apresentar um plano de trabalho
detalhando os passos que adotará para atender as determinações legais.
A cadeia do leite é uma das mais
complexas e principais do Estado, ressaltou o secretário, ao comentar que sua
produção é menor do que a capacidade da indústria — porém, a intenção é
ampliá-la, passando de 10 para 20 milhões de litros/dia no período de 10 anos.
A Divisão de Inspeção de Produtos de
Origem Animal (Dipoa) suspendeu as linhas de leite UHT beneficiadas e envasadas
pela VRS em virtude da verificação da substância formaldeído em amostra.
Foram realizados monitoramentos no
estabelecimento, em ação conjunta com o Ministério Público Estadual, e
constatadas irregularidades estruturais, higiênico-sanitárias que, juntamente
com a ausência de boas práticas de fabricação, propiciavam a contaminação dos
produtos, representando risco à saúde dos consumidores.
Depois de vistorias, foi verificado que
o estabelecimento atendeu às exigências solicitadas pelo Serviço de Inspeção
Oficial. Nesta quarta-feira, ao assinar a liberação para a produção do leite,
Mainardi afirmou que não imaginava que pudesse ocorrer falha em um sistema
relacionado a um setor tão importante. Por isso, segundo ele, os programas
Prodeleite, Fundo Estadual de Desenvolvimento da Cadeia do Leite (Fundoleite),
Instituto Gaúcho do Leite (IGL) e o Programa Mais Leite de Qualidade vêm para
destravar alguns gargalos a respeito do modelo de gestão da cadeia do leite.
Para o secretário, o episódio levou a agilizar a organização da cadeia e
"certamente será superado com apoio da prefeitura, Governo do Estado,
empresas, em parceria na missão de recuperar a imagem do setor".
Uma das exigências, por exemplo, será
que a entrega do leite só poderá ser feita pela transportadora que aderir às
normas estabelecidas. Não haverá mais a compra avulsa do leite, assim como só
chegarão à plataforma transportadores credenciados.
— O pequeno produtor tem que ser
estimulado para ampliar a qualidade e a sanidade. Queremos um leite 100%
saneado, com erradicação da brucelose e tuberculose — destacou o secretário.
A reportagem é do site Zero Hora,
adaptado pela equipe MilkPoint.
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