Calendário de
reposição de aulas assegurará direito do aluno
Com o fim da paralisação na Rede Pública
de Ensino do Município de Itabuna, a partir do acordo celebrado entre o governo
municipal e o Sindicato do Magistério Público (SIMPI) na segunda-feira, 10, a
Secretaria da Educação (SEC) aguarda para a próxima semana a divulgação do
calendário de reposição de aulas, que será definido durante reunião com a
Comissão Permanente de Negociação, composta por representantes da SEC, do
Conselho Municipal de Educação (CME) e do SIMPI.
Segundo a secretária da Educação de
Itabuna, professora Dinalva Melo do Nascimento, a reposição de aulas ocorrerá a
partir do 2º semestre deste ano, respeitando o direito dos alunos de ter
assegurado os 200 dias letivos, conforme estabelece a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Brasileira (LDB). Ela ressalta que as atividades previstas para o
primeiro semestre serão mantidas sem prejuízos para o alunado. As aulas serão
normalizadas nesta quarta-feira, 12.
“Oportunamente, estaremos informando à
comunidade e aos pais dos estudantes como se dará essa nova configuração do
calendário letivo da Rede Pública Municipal de Ensino. Para tanto, a Comissão
Permanente partirá do princípio de que é preciso preservar o direito do aluno a
carga letiva estabelecida pela LDB, do qual não podemos abrir mão”, argumentou
Dinalva.
Ao avaliar o fim o movimento grevista
que levou à suspensão das aulas nas escolas municipais, a secretária ressaltou
tratar-se de uma luta extremamente legítima da categoria na busca de melhor
valorização profissional. “Por este entendimento do governo, na última rodada
de negociação chegamos a um bom termo no qual a Prefeitura, mesmo com um todo
comprometimento financeiro que vem enfrentando, se dispôs a aproximar-se da
reposição salarial reivindicada pelos professores”.
“Por outro lado, a constituição de uma
Comissão Permanente de Negociação possibilitará um relacionamento menos
conflituoso, na qual poderemos e devemos discutir à Educação para além das
questões salariais”, contextualiza a secretária. A paralisação chegou ao fim
com a aceitação da proposta apresentada pela administração municipal de um
aumento de 10% nos salários, 2,03% maior que a proposta anterior, que era de
7,97%. Pelo acordo, os professores receberão 5,57% de reajuste referente à data-base
e outros 4,43% restantes serão agregados à folha de pagamento nos meses de
setembro (2,22%) e novembro (2,21%).
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