Cuidados com os
olhos durante festejos
juninos podem
evitar prejuízos para a visão
O mês de junho é especialmente marcado
na Bahia pela celebração popular de datas importantes, como Santo Antônio, São
João e São Pedro. A presença tradicional de elementos culturais como comidas,
música e danças típicas está, quase sempre, associada à outras fortes
presenças: a dos fogos de artifício e das fogueiras. Assim, é também nesta
época do ano que aumenta consideravelmente o número de acidentes como
queimaduras, amputações de membros, além das lesões de córnea ou até a perda de
visão.
Quem fala mais sobre os possíveis danos
à visão que podem ser ocasionados a partir da manipulação inadequada de fogos
de artifício é o oftalmologista do DayHORC, José Fabiano Menezes (CRM 14258).
Segundo o médico, existem dois grandes vilões para a saúde ocular durante o
período de festejos juninos.
O primeiro está relacionado aos fogos de
artifício, que costumam figurar entre os grandes causadores de queimaduras,
mutilações e cegueiras nesta época do ano. “Os pequenos fragmentos liberados
durante as explosões podem perfurar o globo ocular e levar a transtornos
visuais e comprometimento da visão”, explicou Dr. José Fabiano. O segundo vilão
é a fogueira. “Suas cinzas, fumaça e brasas muitas vezes ocasionam quadros de
conjuntivite alérgica ou edema de pálpebra. Ardor, desconforto e lacrimejamento
são os primeiros sinais de agressão à visão”, complementou o oftalmologista do
DayHORC.
Entre os diagnósticos mais comuns pelo
uso sem cautela dos fogos de artifício estão os múltiplos traumas oculares. “Se
uma fagulha atingir os olhos, por exemplo, pode causar queimadura corneana,
mutilação das pálpebras, perfuração do globo ocular, catarata por trauma
contuso e até descolamento de retina e, dependendo da gravidade, provocar a
cegueira”, detalhou o especialista.
Prevenção e tratamento
Entendendo a prevenção como o primeiro
passo para se evitar acidentes com os olhos nesta época do ano, o cuidado deve
ser redobrado com as crianças, pois são elas que, normalmente, ficam mais
próximas das fogueiras e de fogos de artifícios a serem detonados.
No entanto, em face de qualquer
acidente, o especialista alerta para a importância de nunca utilizar colírios
sem prescrição médica, nem usar remédios caseiros. “Pomadas ou qualquer outro
tipo de substância não devem ser colocadas sobre as lesões. Ao sentir um
desconforto ou qualquer outro sintoma ocular, deve-se procurar uma emergência
oftalmológica o mais rápido possível. Pode-se, eventualmente, fazer uso de soro
fisiológico frio e/ou de lágrimas artificiais até a consulta médica”, finalizou
o médico José Fabiano.
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