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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Estreia nesta quarta (27), às 16h, na Calçada, projeto artístico ‘Trilhos & Estações’

Estreia nesta quarta (27), às 16h, na Calçada, projeto artístico ‘Trilhos & Estações’

Vencedor do Edital ‘Arte em Toda Parte Ano III’, o projeto vai até 5 de agosto, reunindo cerca de 40 profissionais das áreas de dança, vídeo, fotografia, produção e comunicação, com 13 performances e exibição de videodança
O projeto ‘TRILHOS & ESTAÇÕES - uma viagem dançada da Calçada a Paripe’ (http://trilhoseestacoes.wix.com/videodanca) estreia nesta quarta-feira (27), às 16h, na estação ferroviária da Calçada (Largo da Calçada, s/n°), em Salvador. No roteiro, exibição de videodança no hall da estação (construída em 1860), seguido de performances de quatro dançarinos no mesmo local e depois nos vagões de trem até a estação de Paripe. A programação prossegue dias 28 e 29 (julho), 2 e 4 (agosto), sempre às 14h e 16h. Já nos dias 3 e 5 (agosto), as sessões serão às 10h e 12h.
Ao todo, são 13 apresentações. O ingresso custa apenas R$ 0,50, o tíquete ida/volta, Calçada/Paripe. O projeto tem criação, direção artística e coreografias de Lilian Graça, direção geral e produção de Ana Luiza Campos, da Olho de Peixe Produções, e é vencedor do Edital Arte em Toda Parte, Ano III. No dia (27) da estreia, às 16h, acontecem performances na estação e trem, ida e volta, ou seja, Calçada/Paripe/Calçada, com coquetel. Nos outros dias, as performances só acontecem na ida, Calçada/Paripe.
CONCEPÇÃO – Dançarina, videasta, doutoranda em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Lilian Graça, situa a proposta do projeto como incursão da dança contemporânea e da videodança em um espaço público alternativo e o encontro dessas artes com a realidade do espaço. Segundo ela, “o projeto traz diálogo e olhar poético entre dança e ferrovias, pesquisando movimentos do corpo e construindo paralelo entre memória e realidade”.
Na videodança foram utilizadas fotos antigas superpostas, em contraste às imagens atuais, além dos dançarinos interagindo em pontos da ferrovia. A pesquisa coreográfica foi motivada a partir do movimento do corpo do dançarino em relação às estações, malha ferroviária, trem e movimentos dos passageiros. Arquitetura, andaimes, vigas e estruturas. Olarias, tipos de madeiras e tijolos motivaram associações com as estruturas anatômicas do corpo. “Além do sentido material, existiu o simbólico do trem enquanto amalgama das relações (Foucault), como passagem e conexão”, elabora a criadora.
PROCESSO COREOGRÁFICO - O processo constou de pesquisas, leituras e experimentos em salas de ensaio, trilhos e estações de trem. “A criação dos dançarinos foi fundamental, já que utilizamos improvisações na criação”, diz Lilian. “Exploramos temáticas como trilhos, estações, viagem, movimentos do trem e passageiros, atravessamentos, esperas, abandonos e memória das ferrovias atravessando o corpo da dança”, descreve a coreógrafa.
Segundo ela, a videodança a ser exibida na estação detém esses temas costurados enquanto fragmento, de forma poética e não linear. A maioria dos movimentos na videodança foi a partir de improvisações e gravados em diferentes planos. “Experimentamos criar e gravar cenas com estruturas abertas, a partir de movimentos e caminhos, mas sem marcação fechada, possibilitando surgimento de novos movimentos na filmagem”, esclarece Lilian.




BERLIM/ALEMANHA – Atuando como dançarina e coreógrafa na cena da dança nas décadas de 1980/90 em Salvador e São Paulo, Lilian residiu por 18 anos em Berlim, onde fez mestrado e projetos (Flucht, Geh Hirn, Corta a Cana). Lá, dirigiu seu estúdio de Pilates por 10 anos. De volta a Salvador, em 2014, entra no doutorado de Artes Cênicas/UFBA e, agora apresenta seu primeiro trabalho de dança para o público baiano depois de quase duas décadas na Europa. Projeto interdisciplinar, ‘Trilhos & Estações’ começou em abril e vai até 5 de agosto (2016). São cerca de 40 profissionais das áreas de dança, vídeo, música, figurino, fotografia, produção, design, computação gráfica e comunicação.

O trajeto atual Calçada/Paripe funciona só para passageiros, com extensão de 13,2 quilômetros. O restante é para cargas. Cerca de 10 mil pessoas trafegam diariamente. Formado por 22 bairros esse percurso geográfico possui 10% da população de Salvador e é conhecido pela rica cultura, pesca e águas calmas da Baía.

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