Prefeito defende
que modelo de patrocínio seja mantido em 2017
Festa em 2016 acertou na escolha do tema
e na oferta de atrações aos foliões, avalia ACM Neto durante coletiva
Promovido nos últimos três anos pela
Prefeitura, o modelo de patrocínio para o Carnaval de Salvador já garantiu
nesse período R$100 milhões de retorno à cidade para investimento dentro e fora
da folia e deverá permanecer em 2017. A informação foi anunciada pelo prefeito
ACM Neto durante coletiva de balanço final da festa, realizada na manhã desta
quarta-feira (10), no Camarote Oficial da Prefeitura, no Campo Grande. O gestor
também salientou que, com o fim do contrato com a maior patrocinadora, a
cervejaria Schin, que destinou R$25 milhões ao Carnaval de 2016, a Prefeitura
vai abrir concorrência pública para novas empresas interessadas em investir na
folia e na cidade.
“Muitas pessoas criticaram a Schin e no
modelo que adotamos, mas ela foi parceira da cidade ao acreditar na festa e
investir R$25 milhões em 2016”, pontuou ACM Neto, ao salientar que os recursos
possibilitaram a viabilização da folia, que tem sido melhor a cada ano, e o que
seria aplicado pela Prefeitura será destinado a ações como a construção
primeiro Hospital Municipal, que ficará na região de Cajazeiras. “Com a
abertura de nova concorrência, qualquer empresa interessada em participar do
Carnaval vai ter essa possibilidade, sabendo que terá que investir na cidade
para isso. Estamos todos publicamente convidados, inclusive as cervejarias. O
que não pode é querer faturar milhões com uma festa desse porte e não querer
investir nada em troca. Isso não vamos aceitar”, enfatizou ACM Neto.
O prefeito destacou que, mesmo num
momento de crise na economia nacional, a Schin, banco Itaú, Air Europa e a água
de Coco Obrigado apostaram no Carnaval de Salvador, destinando, no total, R$35
milhões - toda a festa custou R$50 milhões. "Temos que ressaltar isso. Não
adianta querer tirar proveito político fazendo críticas sem fundamento. O
modelo do patrocínio do Carnaval será mantido. Salvador não pode abrir mão
disso. Quem investiu teve o retorno desejado porque fizemos a melhor festa de
todos os tempos e quero agradecer a quem apostou nisso e convidar futuros
interessados para fazerem o mesmo".
Turistas e planejamento - Além da
arrecadação com patrocínio, o Carnaval proporcionou à cidade retorno também
para o setor de serviços. No ramo de hotelaria, por exemplo, a ocupação de
leitos nos estabelecimentos próximos aos circuitos da folia foi de 100% e, no
geral, a média ficou em 97% no período da festa. Os camarotes privados
investiram R$200 milhões durante a folia. "Isso só demonstra que Salvador
voltou à moda. Os turistas estão voltando porque estamos investindo na cidade.
Quem quiser ser parceiro vai lucrar com isso também, como lucra toda população
de Salvador, pois a Prefeitura garante mais recursos para as áreas essenciais e
para novos projetos".
ACM Neto também destacou que o
planejamento para a maior festa popular de rua do planeta em 2017 será iniciado
já nesta quarta-feira (10), independentemente de quem será o novo gestor da
cidade no próximo ano. Para isso, além do modelo de patrocínio, que garante as
ações de proteção de marca, também deverá ser ampliado o Expresso Carnaval, que
transportou em 2016 cerca de 50 mil pessoas contra 27 mil em relação a 2015,
além da melhoria do tráfego da Avenida Centenário – considerado o maior
“gargalo” durante a folia. Este ano, mais de um milhão de pessoas curtiram a
festa mais perto de casa. O prefeito reforçou ainda o aumento de 10% do número
de foliões que utilizaram o transporte público para ir e voltar dos circuitos.
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