ADIADA VOTAÇÃO
DO ESTATUTO DAS ESTATAIS
O poder de mobilização dos trabalhadores
dá resultados. A votação do PLS 555 (Projeto de Lei do Senado), prevista para
ontem (16), foi adiada. O número de senadores que se opõem à proposta é
expressivo. Ao todo, 30 são contra a privatização das estatais.
São necessários 41 votos para derrubar o
projeto, ou seja, mais 11 dos 81 possíveis. Os parlamentares que se manifestam
contrários ao PLS são à favor do substitutivo do senador Roberto Requião
(PMDB-PR), que altera 20 itens considerados críticos.
A vitória, no entanto, é parcial. A
mobilização contra o PLS 555 deve continuar, já que pode ser votado na próxima
semana. Os trabalhadores da Bahia devem enviar emails para os senadores do
Estado - Lídice da Mata (PSB), Otto Alencar (PSD) e Walter Pinheiro (PT) para
que ampliem a luta contra a proposta.
Um dos mais polêmicos é a transformação
das empresas estatais em sociedades anônimas a partir da aprovação dos
conselhos de administração de cada empresa. Na prática, seria a privatização. A
entrega do patrimônio público ao grande capital, que visa apenas o lucro.
A história mostra que as empresas
públicas são fundamentais para o desenvolvimento do país. Em momentos
importantes, como no auge da crise financeira mundial, em 2008 e 2009, por
exemplo, os bancos federais tiveram papel fundamental, com a redução dos juros
e ampliação do crédito. Sem falar nos programas de inclusão social, todos
geridos por instituições públicas.
Comitê Nacional
Integrantes das centrais sindicais CTB,
CUT, Nova Central, Intersindical, CSP-Conlutas e entidades que compõem o Comitê
Nacional em Defesa das Empresas Públicas estiveram na manhã desta terça-feira
(16/02) nos gabinetes buscando o apoio dos senadores, o que garantiu a vitória.
A diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Luciana Pacheco,
participou.
(O Bancário)
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