A nefasta
política Itabunense: do Prefeito aos Vereadores
Mais uma vez os personagens políticos de
Itabuna brincam de legislar e tripudiam da inteligência do povo e dos
professores da cidade. Sim, os professores, mais uma vez vítimas das
ingerências administrativas do Prefeito Claudevane Leite e dos conchavos
políticos existentes entre a maioria dos Vereadores.
Quem esteve presente na Câmara Municipal
de Itabuna na tarde de ontem, 22/12, assistiu ao lamentável “teatro dos
vampiros”, como um dia cantou Renato Russo, pois de um lado estavam aqueles que
defendiam a moralidade pública e do outro, os comissionados, que cegos por suas
ambições, não enxergam nada além do próprio umbigo. No meio disso tudo, Eles,
os “nobres” Edis, cuja função era a aprovação (ou não) de um Projeto de Lei
enviado pelo Prefeito, cuja matéria reajustava em 20% a gratificação de seus
correligionários, leia-se, diretores escolares. Entretanto, os Vereadores que
tinham o poder de dizer não a mais um absurdo do Governo Vane, permaneceram
inertes quando o Presidente “todo poderoso”, apelidado pelos presentes de
Aldenes “Cunha” (dispensa comentários), procedeu à votação da matéria de forma
simplista e acelerada, aprovando algo que até mesmo o Conselho Municipal de
Educação havia reprovado.
Tudo começou no mês de novembro/2015,
quando o Prefeito pressionado pelo Sindicato a cumprir a lei, retirou dos
Diretores Escolares a percepção do adicional de Atividade de Classe – AC, que
como o nome aponta, só faz jus aquele que está em efetiva regência. Preocupado
com os que lhe deram votos, o Prefeito enviou, em caráter de urgência, um
Anteprojeto de Lei à Câmara de Vereadores, aumentando a gratificação dos Diretores
em 20%, ou seja, os mesmos 20% que era pago indevidamente aos ocupantes deste
segmento. O projeto chegou nas Comissões Técnica da Câmara e teve como Relator
o Vereador Júnior Brandão, cuja esposa ocupa, há anos, o status de dirigente
escolar, logo, beneficiária da medida, todavia, enquanto Relator do Projeto,
não se declarou impedido, tampouco comunicou ao Sindicato ou ao CME a
existência da matéria, que seria aprovada em silêncio, se não fosse a
descoberta inusitada por parte de uma das Dirigentes do SIMPI que levava um
ofício na Câmara no dia da votação.
Daí, teve início o “inferno astral” na
“casa do povo”. Desde o dia da descoberta do famigerado projeto até a tarde de
ontem, aconteceram audiências com as argumentações do Sindicato, o apelo dos
Diretores, a emissão de Parecer negativo ao Projeto por parte do Conselho,
adiamentos e mais adiamentos da votação, tudo com o perceptível intuito de
desgastar a categoria que acompanhava o processo de conversão do anteprojeto em
lei. Infelizmente, todas as manobras resultaram na aprovação sorrateira do
projeto, situação que ascendeu o espírito de revolta da categoria de
professores que chamou o Presidente da Câmara de Golpista, quando não
oportunizou que outros vereadores se manifestassem de forma contrária.
Ao longo da manifestação de revolta das
professoras presentes, teve de tudo: vereador se sentindo ameaçado e exigindo
segurança, guardas municipais retirados de outras localidades, portas de acesso
trancadas e, até mesmo, a Polícia Militar foi acionada para garantir o bem
estar dos “representantes do povo” que, notadamente, não sabem lidar com o
próprio povo. Enfim, cenas de um espetáculo onde a democracia era tratada como
coadjuvante e as arbitrariedades, politicagens e tiranias como personagens
principais.
Com essa atitude, os Vereadores
comprovam que não existe crise financeira na Prefeitura de Itabuna, sendo
assim, a categoria exige do Governo que se pague os 12,5% retroativos devido à
toda classe, e afirma que só voltará às salas de aula em 2016 se for pago
aquilo que lhes é de direito.
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