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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

TRUMP ELEITO! REFLETIRÁ NO BRASIL?

TRUMP ELEITO! REFLETIRÁ NO BRASIL?
A eleição de Donald Trump contribuirá para levar o planeta a um período (tomara que não seja longo!) de retrocesso político, econômico, social e cultural. Trump é a expressão de um fenômeno de extrema-direita global que prospera na negação da política e que se alimenta do preconceito e da incitação ao ódio.
Nas eleições municipais no Brasil, essa negação da política elegeu aventureiros. A vitória de Trump equivaleria a eleger no país uma figura como o deputado Jair Bolsonaro, que voltou a elogiar um torturador ontem no Congresso Nacional.
A escolha de Trump é mais do que um voto de protesto da parte da sociedade americana que se sente excluída pela globalização ou que sofre ainda os efeitos da crise econômica de 2008. É também um voto contra as tradições democráticas americanas, contra imigrantes que foram fundamentais para construir o país, contra o respeito às minorias, contra o debate plural, contra a crença na democracia. Democracia para Trump só valeria se ele fosse eleito.
Esse discurso conciliatório após a vitória era previsível diante da quantidade de absurdos e agressões ditas por ele durante a campanha e do impacto negativo que causaria no mundo inteiro a eleição do republicano. É uma tentativa de conter danos para uma presidência que ainda nem começou.
Não existe transplante de alma. As instituições americanas e o Partido Republicano poderão e deverão impor freios a Trump, mas ele se elegeu presidente da nação mais poderosa do mundo dizendo que acabará com o Estado Islâmico na marra, afirmando que não existe aquecimento global, prometendo erguer um muro na fronteira com o México e ofendendo mulheres, mexicanos, muçulmanos e outras minorias. Ele é uma caricatura de político, de empresário e até de homem, que se gabava de assediar sexualmente mulheres porque tinha dinheiro e fama.
Ninguém deve se enganar e imaginar que haverá um Trump moderado no cotidiano da Casa Branca. Ele tem ideias fascistas e xenófobas. Pregou isso durante a campanha. Deve satisfações ao eleitorado que o colocou na Casa Branca. Recebeu um voto que demanda políticas industriais e comerciais protecionistas que equivalem a fechar os Estados Unidos para o mundo.
Trump é um reflexo da sociedade americana. Representa metade do eleitorado e, apesar de a regra de delegados para o colégio eleitoral ter sido pensada pelos pais fundadores da democracia americana para evitar aventuras, esse sistema agora possibilitou justamente a eleição de um outsider.
Em 1933, o Partido Nazista venceu as eleições na Alemanha com um discurso que tem semelhanças com a plataforma política de Trump e que teve respaldo popular para implementar uma política de horrores. O mundo hoje é outro, os Estados Unidos têm uma sólida democracia. Portanto, o planeta é capaz de não repetir o passado e de resistir a tentações autoritárias.
Mas o mundo piora a partir de hoje, piora a partir da eleição de Trump, que pode dar gás à eleição de políticos extremistas na Europa e em outros países.
O temor principal em relação ao republicano foi o destacado pelo presidente Barack Obama: Trump não tem preparo para comandar a maior economia e a maior máquina militar do planeta, não tem compreensão das responsabilidades nem das complexidades do cargo que vai ocupar. No poder, a personalidade diz muito para o sucesso e fracasso de presidentes. E a personalidade de Trump, narcisista e ignorante, sugere que não perderá dinheiro quem apostar num fracasso. 
Rumo econômico
Uma análise feita agora de manhã por um auxiliar do presidente Michel Temer destacava a necessidade de ver se o discurso conciliatório pós-vitória de Trump vai se confirmar na montagem do governo e no exercício da presidência. Há uma expectativa de que Trump dê alguma previsibilidade sobre o que fará. Previsível é tudo o que ele não foi durante a campanha. Portanto, é uma incógnita para o governo brasileiro.
Provavelmente, haverá um contato hoje do presidente Michel Temer para parabenizá-lo. Para o Brasil, o importante seria Trump manter a trajetória de recuperação da economia americana. Se ele interromper o trabalho que Obama vinha fazendo nesse sentido, haverá efeitos negativos para economia mundial.

O Brasil procurava passar a uma fase de negociação de acordos bilaterais de comércio e também discutia o fim de vistos de entrada para brasileiros e americanos. Com Trump, essas negociações perdem força. No governo Obama, o Brasil esteve fora do radar do Washington. Com Trump, deverá desaparecer desse radar.

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