Presidente
sanciona vale-cultura de R$ 50 mensais para trabalhador
Menos de um mês após aprovação pelo
Senado, a criação do vale-cultura de R$ 50 mensais para trabalhadores que ganham
até cinco salários mínimos foi sancionada, nesta quinta-feira (27), pela
presidente Dilma Rousseff. Essa ajuda de custo deverá viabilizar a compra de
produtos culturais, como livros, DVDs, CDs, e ingressos para espetáculos
artísticos.
As empresas interessadas em oferecer o
vale-cultura a seus empregados poderão deduzir o valor para custeio do imposto
de renda devido até o exercício de 2017. Essa dedução fica limitada,
entretanto, a 1% do IR a pagar. O trabalhador também poderá ajudar a
financiá-lo por meio do desconto de até 10% de seu valor em seu salário mensal.
Quem ganha mais de cinco salários
mínimos por mês também poderá receber o vale-cultura desde que seu empregador
tenha atendido aos demais funcionários com remuneração inferior. Para
viabilizar a concessão desse auxílio, poderão sofrer desconto de 20% a 90% do
respectivo valor em sua remuneração mensal, de acordo com sua faixa salarial.
Todas estas medidas estão reunidas na
Lei nº 12.761/2012, que instituiu o Programa de Cultura do Trabalhador, ao qual
o vale-cultura está vinculado. A princípio, esse crédito de R$ 50 deverá ser
disponibilizado por meio de cartão magnético. Mas os prazos de validade e as
condições de utilização do vale-cultura precisam ser definidos ainda em
regulamento específico.
Os trabalhadores só vão poder desfrutar
das vantagens do vale-cultura depois que o governo federal regulamentar a Lei
nº 12.761/2012, o que deve ocorrer no prazo de 60 dias.
Irregularidades
A Lei nº 12.761/2012 também estabelece
uma série de punições em caso de irregularidades na operação do vale-cultura.
Além do cancelamento de sua inscrição no programa, as empresas serão obrigadas
a recolher o valor do benefício fiscal desviado; a pagar multa correspondente
ao dobro do valor da vantagem obtida indevidamente; e, pelo período de dois
anos, ficarão proibidas de negociar financiamentos oficiais, contratar com a
administração pública e desfrutar de benefícios fiscais.
O projeto (PLC 114/2012) que originou a
lei do vale-cultura foi apresentado pela deputada federal Manuela D'Ávila
(PCdoB-RS) e, segundo o relator ad hoc da matéria na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ), senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), era praticamente
idêntico a outra proposta encaminhada ao Congresso pelo Poder Executivo, fruto
de estudos do Ministério da Cultura com representantes dos setores artístico e
cultural do país.
FONTE: AGÊNCIA SENADO
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