QUEM PAGA O PATO?
Governo vai
fechar últimas 400 Farmácias Populares do país até 31 de julho
O Ministério da Saúde (MS) decidiu
encerrar a rede de Farmácias Populares em todo o país, e as últimas vão
funcionar até 31 de julho. Em Minas, ainda há 38 unidades em municípios de
várias regiões. No Brasil, são cerca de 400.
Medicamentos para diabetes, pressão e
asma já são fornecidos gratuitamente ou com até 90% de desconto nas drogarias
particulares credenciadas pelo programa Aqui Tem Farmácia Popular. Mas, segundo
o Conselho Nacional de Saúde (CNS), essa opção só oferece 25 tipos de remédios,
e a Farmácia Popular tem 112 itens para tratar hipertensão, diabetes,
depressão, asma, infecções, enxaqueca, queimaduras e inflamações, por exemplo,
além de contraceptivos e fraldas geriátricas.
Um abaixo-assinado na internet com mais
de 10 mil assinaturas pede a manutenção da rede de Farmácias Populares. Além
dos prejuízos à população, cerca de 2.000 trabalhadores serão demitidos. São
funcionários das 400 unidades do país e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
responsável pelo fornecimento dos remédios às unidades do programa.
Só no ano passado, o programa atendeu
mais de seis milhões de pessoas, mesmo com a redução do estoque.
O Ministério da Saúde (MS) alega que o
gasto administrativo com a rede própria é alto, em torno de R$ 80 milhões, mas
trabalhadores da Fiocruz contrapõem que as farmácias tinham retorno financeiro
com os medicamentos pagos com desconto pela população e que o MS gasta R$ 2
bilhões para pagar as 34 mil drogarias privadas do país que vendem remédios a
preços populares.
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