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quarta-feira, 25 de março de 2015

Estudante de Ilhéus é premiada na 12ª Febrace

Estudante de Ilhéus é premiada na 12ª Febrace


Aluna do Ceep Amev, Stephanie Lauren Oliveira, com a orientação de duas professoras, teve projeto de decomposição de sacolas plásticas reconhecido pelo Centro Estadual Paula Souza e pela Sociedade Brasileira de Micobiologia (SBM).
Somente em 2014, a Associação Americana para o Avanço da Ciência quantificou em 8 milhões de toneladas o volume de material plástico arrastado pelas correntes marítimas em todo o mundo. Entre os principais tipos do derivados de petróleo encontrados no mar estão as sacolas e garrafas PET.Preocupada com esse quadro, a estudante Stephanie Lauren Oliveira, do Centro Estadual de Educação Profissional Álvaro Melo Vieira (Ceep Amev), em Ilhéus, desenvolveu experimento que decompõe mais rapidamente as sacolinhas. O projeto, que conta com orientação das professoras Ana Clara Correia Melgaço e Margarete Correia de Araújo, estimula a decomposição desse tipo de material utilizando microorganismos presentes no solo. Com o projeto, o trio foi premiado na Feira Brasileira de Ciência e Tecnologia 2015 (Febrace). O evento está em sua 12ª edição e foi realizado pela Universidade Federal de São Paulo, na capital paulista, na última semana.
O projeto da estudante ilheense, de 17 anos, que está no quarto ano do curso técnico de biocombustíveis, foi premiado em dose dupla. O Centro Estadual Paula Souza, autarquia do Governo de São Paulo que fomenta a pesquisa científica e administra cerca de 200 escolas técnicas, escolheu o experimento como um dos destaques. A importância ecológica e científica da iniciativa também foi reconhecida pela Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM), que o premiou com brindes e certificados. Concorreram, em categorias diversas, cerca de 2 mil projetos, enviados por estudantes de todos os estados da federação.
Decomposição - Segundo Stephanie Lauren, o projeto veio da necessidade de diminuir a quantidade de sacolas plásticas no meio ambiente, por elas representarem riscos a animais e à água. “A nossa intenção é decompor o material biologicamente, usando microorganismos presentes no solo. Através de processos aeróbicos e anaeróbicos (com e sem a presença de oxigênio, respectivamente), induzimos seres vivos presentes no solo a retirar o carbono do plástico e depois a usar o próprio material para se alimentar”, explica Lauren.
Estudos da Associação Americana para o Avanço da Ciência apontam que as sacolas plásticas levam até duzentos anos para se decompor na natureza, sem qualquer intervenção humana. Com os experimentos feitos no Ceep Amev pela estudante ilheense, o tempo médio para que esse tipo de material desapareça é de 11 anos. “Esse espaço de tempo foi obtido em nossos primeiros experimentos e pode ser diminuído com o avanço das pesquisas”, destaca Lauren

Agora, com o reconhecimento do projeto por importantes órgãos científicos do Brasil, Stéphanie Lauren planeja passos mais largos: “Com os experimentos avançando, quem sabe poderemos produzir microorganismos para decomposição em grande escala e reduzirmos consideravelmente a presença dessas sacolas no meio ambiente?”, finaliza a estudante.

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