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segunda-feira, 30 de março de 2015

Fernando Bezerra Coelho defende a extinção do fator previdenciário

Fernando Bezerra Coelho defende a extinção do fator previdenciário
O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) defendeu a extinção do fator previdenciário, mecanismo usado para calcular aposentadorias que tem como princípio o pagamento de benefício menor quanto mais cedo o trabalhador se aposentar.
Ele lembrou que o objetivo do governo, ao criar esse sistema, em 1999, foi adequar o orçamento da Previdência com o quantitativo gasto em benefícios. Hoje, o déficit no setor chega a R$ 51 bilhões, disse Bezerra.
O senador recordou que, à época, o governo alegou que, com o aumento da expectativa de vida, os aposentados passaram a receber por mais tempo o benefício, fato que pode comprometer o caixa da Previdência Social se não forem adotados ajustes como o fator previdenciário.
Bezerra observou, no entanto, que esse mecanismo "reduz brutalmente" o valor das aposentadorias, "o que é injusto depois de uma vida inteira dedicada ao trabalho".
O parlamentar frisou que é justamente nessa fase da vida que os aposentados precisam de dinheiro para custear despesas típicas da idade, como gastos com remédios e médicos.
E a situação pode ficar ainda pior, alertou o senador, se se levar em conta um fenômeno atual, em que aposentados também pagam as despesas de toda a família, incluindo netos. Isso praticamente torna obrigatório o retorno desses brasileiros ao mercado de trabalho, acrescentou o senador.
— Como norte de nossa ação coletiva, defendemos o diálogo honesto e franco, em que os números estejam a serviço da vida e não a vida a serviço dos números. Amplificar com responsabilidade e bom senso os ganhos dos aposentados nos limites do possível é a tarefa mais elevada que se reserva ao parlamentar brasileiro no Congresso Nacional neste ano de 2015 — afirmou.
Bezerra lembrou que um projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) prevê o fim do fator previdenciário. Aprovado pelo Senado, a proposta aguarda votação na Câmara dos Deputados. Só que não conta com o apoio do governo, que, durante a campanha eleitoral, defendeu a manutenção do mecanismo, lamentou o senador.

Fonte: Agência Senado

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