Secretaria de
Saúde de Ilhéus orienta moradores para o perigo da leptospirose
Em caso do aparecimento dos sintomas da
doença, o cidadão deve procurar imediatamente o Centro de Saúde mais próximo de
sua residência. Se for diagnosticada a leptospirose, o tratamento é baseado no
uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um
médico, de acordo com os sintomas apresentados.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau)
alerta a população sobre o perigo da leptospirose, que é uma infecção aguda,
potencialmente grave, causada por uma bactéria do gênero leptospira,
transmitida aos seres humanos por animais de diferentes espécies (roedores,
suínos, caninos, bovinos). O contágio se dá pelo contato direto com a urina dos
animais infectados ou pela exposição à água contaminada, principalmente no
período chuvoso. ´´Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos,
presente em esgotos e bueiros, mistura-se à agua e à lama, podendo provocar a
infecção dos cidadãos que permanecerem
em ambientes infectados´´ alerta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da
Sesau, Luíza Maron Pereira.
Conforme explica a coordenadora, os
sintomas mais frequentes da leptospirose são parecidos com os de outras
doenças, como a gripe e a dengue. É comum a pessoa contaminada apresentar
febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata
da perna), além da ocorrência de vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais
graves, geralmente aparece a icterícia (coloração amarelada da pele e dos
olhos). Luíza Maron destaca que há a necessidade de cuidados especiais em
caráter de internação hospitalar. ´´O doente pode apresentar também hemorragias,
meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à
morte´´.
Luíza Maron Pereira ressalta que em caso
do aparecimento de algum desses sintomas, o cidadão deve procurar imediatamente
o Centro de Saúde mais próximo de sua residência. Se for diagnosticada a
doença, o tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de
suporte, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas
apresentados. Os casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os casos
graves precisam ser internados. A automedicação não é indicada, pois pode
agravar a doença.
Controle – Para o controle da
leptospirose, são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, tais como obras
de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto), melhorias nas
habitações humanas e o combate aos ratos. Dentre as medidas de combate aos
ratos, deve-se destacar o acondicionamento e destino adequado do lixo e o
armazenamento apropriado de alimentos.
A desinfecção de caixas d´água e sua
completa vedação são ações preventivas que devem ser tomadas periodicamente. As
medidas de desratização consistem na eliminação direta dos roedores através do
uso de raticidas e devem ser realizadas por equipes técnicas devidamente
capacitadas. A leptospirose é uma doença curável, para a qual o diagnóstico e o
tratamento precoces são as melhores soluções.
A bactéria do gênero leptospira pode
sobreviver indefinidamente nos rins dos animais infectados sem provocar nenhum
sintoma e, no meio ambiente, por até seis meses depois de ter sido excretada
pela urina. Os ratos urbanos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos) são os
principais transmissores da doença e o número de casos aumenta na estação das
chuvas, por causa das enchentes e inundações. ´´Infelizmente, o risco não
desaparece depois que o nível das águas baixa, pois a bactéria continua ativa
nos resíduos úmidos durante bastante tempo´´, considera Luíza Maron Pereira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário