Uniformização de
regras vai aprimorar o trabalho dos bombeiros, diz comandante
A uniformização da legislação de combate
a incêndio, com base em preceitos internacionais, vai contribuir para aprimorar
o trabalho dos bombeiros e aperfeiçoar as normas de prevenção e combate a esse
tipo de acidente.
A avaliação é do comandante do Corpo de
Bombeiros Militar de Goiás, Carlos Helbingen Júnior, que nesta quinta-feira
(16) participou da última audiência pública na Comissão Temporária de
Levantamento da Legislação Pertinente à Prevenção e Combate de Incêndios.
Os códigos estaduais em vigor, explicou
o comandante, foram na maioria elaborados a partir de grandes tragédias
ocorridas no Brasil há mais de 40 anos, como os incêndios nos edifícios Andraus
(1972) e Joelma (1974), em São Paulo, e mais tarde no edifício Andorinha, no
Rio de Janeiro, em 1986.
- Não havia campo político para a
prevenção. Existe necessidade de diplomas legais para termos esse foco. Hoje
temos diversas situações, em razão da montagem dos códigos estaduais. Temos que
fazer adequação de normas internacionais ao Brasil. Cada estado tem sua
peculiaridade, e isso deve ser respeitado, até as dificuldades de implantação
de medidas saneadoras - afirmou.
O comandante ressaltou que uma minuta de
código nacional vem sendo discutida no Ministério da Justiça, com a
participação dos bombeiros e da sociedade civil. O comandante acredita que o
aprimoramento das regras viabilizará investimentos e ampliará a presença dos
bombeiros nos municípios brasileiros, além de subsidiar o trabalho de
empreiteiras, que passarão a adequar seus empreendimentos às novas regras.
O militar explicou que 68% do estado de
Goiás têm atendimento direto dos bombeiros, mas observou que a demanda por
serviços públicos é sempre maior que os recursos à disposição. Ele defendeu a
atuação conjunta de outras entidades com os bombeiros, como forma de integrar
ainda mais as corporações à sociedade.
- A luta é para ter espaço de
investimento. As parcerias são importantes para atrair recursos. Hoje é
incipiente o investimento em bombeiros. Apesar da demanda por segurança, a
cobrança geralmente vai para a área policial - afirmou.
FONTE: AGÊNCIA SENADO
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